Investing.com – O cenário de juros altos, inadimplência elevada e pressão na renda não vem favorecendo as varejistas. Em meio a esse contexto, a C&A (BVMF:CEAB3) divulga seu balanço do segundo trimestre deste ano nesta quinta-feira, 10. A média das estimativas de analistas compiladas pelo InvestingPRO é de uma receita de R$1,603 bilhão.
Fernando Bresciani, analista do Andbank, adianta que os investidores podem esperar um resultado ainda fraco, com margens pressionadas, afetadas pela inadimplência e taxa de juros altas. “Vamos ver se ela consegue reverter isso e surpreender, mas eu acho que ainda não. Vimos isso na Renner (BVMF:LREN3). Por exemplo, na Centauro (BVMF:SBFG3), até mostrou uma melhora de venda, mas queda nas vendas online, além do aumento despesas. Então, acho que o cenário que a gente vive não é positivo”, lamenta, ao apontar que as companhias estão apenas reagindo ao cenário macroeconômico difícil, em sua visão.
Enquanto o banco BTG (BVMF:BPAC11) aposta que a C&A estará entre os destaques negativos para esta temporada, o Santander (BVMF:SANB11) espera receitas de R$1,606 bilhão para a varejista, com Ebitda ajustado de R$135 milhões e prejuízo líquido de R$10 milhões, contra resultado também negativo no 2T22, quando foi de R$4 milhões. A margem Ebitda ajustada deve ficar em torno de 8,4%, no entendimento do banco, em linha com a do ano passado.
As ações da C&A encerraram o dia em queda de 0,70%, a R$5,70.