Investing.com – O mercado reagiu bem e as ações da C&A apresentavam forte alta em repercussão ao balanço trimestral da varejista. Às 11h47 (de Brasília), os papéis registravam valorização de 4,89%, a R$9,43.
A varejista de moda C&A apresentou um lucro líquido de R$168,7 milhões no quarto trimestre, diminuição de 20,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, a empresa teve um lucro de R$2,3 milhões, contra R$800 mil em 2022.
No entanto, no critério ajustado, o lucro líquido somou R$144,9 milhões, 98,2% acima do 4T22. No ano, indicador foi negativo em R$44,8 milhões, melhorando frente ao prejuízo ajustado de R$184,7 milhões em 2022.
“A C&A apresentou mais um forte desempenho de vendas no quarto trimestre de 2023, com melhoria em todas as métricas operacionais”, destacou a empresa em release de resultados.
No quarto trimestre, as vendas das mesmas lojas de vestuário cresceram 18,5% em relação ao 4T22. “O crescimento de vendas do vestuário no quarto trimestre, foi reflexo da estratégia comercial, conectada a nossa leitura do mercado, centrada em coleções versáteis que contribuiu para uma ótima aceitação por parte de nossas clientes”, completou a C&A.
Já a margem bruta de vestuário de 56,5% teve uma expansão de 1,2 ponto percentual na mesma comparação e a margem EBITDA ajustado pós-IFRS16 em 3,2 ponto percentual, para 21,9%
A companhia também destacou uma diminuição na alavancagem financeira para 1,5x dívida líquida total em comparação com o EBITDA ajustado pré-IFRS16.
Analistas do Itaú BBA enxergaram o balanço como positivo. “Os resultados do 4T23 da C&A foram sólidos, superando nossas estimativas tanto na divisão de varejo quanto na divisão de financiamento ao consumidor”, destacam os analistas Victor Rogatis, Thiago Macruz, Maria Clara Infantozzi, Clara Lustosa e Kelvin Dechen, que avaliam que as companhias do setor voltadas à média renda tendem a apresentar dados mais fortes nesta temporada.
De acordo com o relatório divulgado aos clientes e ao mercado, o crescimento e lucratividade da divisão de varejo teve como motor a elevação da produtividade das lojas e da alavancagem operacional. Enquanto isso, na divisão de financiamento ao consumo, as despesas de vendas e provisões foram menores do que o esperado.
“Uma entrega consistente de resultados nos próximos trimestres tanto na divisão de varejo (que tem comparações mais difíceis tanto para SSS quanto para margens) e na divisão de financiamento ao consumidor (com NPLs sob controle) poderia trazer risco ascendente às nossas estimativas para 2024 e 2025”, reforçam os analistas do Itaú BBA, que possuem recomendação market perform, com preço-alvo de R$10.
O BTG (BVMF:BPAC11) concorda e avalia que a varejista bateu as projeções no período, impulsionada por vestuário e crédito, com forte crescimento da receita. Os analistas Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Pedro Lima citam como destaque o aumento da receita de vestuário, principalmente devido à maior aceitação da coleção de verão, gerenciamento eficiente de estoques e melhorias na cadeia de suprimentos.
“Lojas com maior exposição a consumidores de alta renda continuaram a ter um bom desempenho, apoiadas pela estratégia da C&A de lançar coleções com maior percepção de valor e apresentação inteligente nas lojas”, aponta o BTG, que conta com indicação neutra para os papéis, com preço-alvo de R$10.
O que diz o InvestingPro
As ações da C&A fecharam o pregão de ontem em alta de 0,90%, a R$8,99. A média das estimativas do InvestingPro indica um preço-justo de R$9,52.
A saúde financeira da companhia é considerada com desempenho excelente, com nota quatro, em métrica que vai de um a cinco.
As Protips do InvestingPro indicam que a companhia é um player proeminente no setor, mas as ações sofrem com volatilidade.
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