BBAS3: Por que as ações do Banco do Brasil subiram hoje?
NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros do café negociados na ICE registraram ganhos de dois dígitos nesta semana, impulsionados em parte pelos baixos estoques na bolsa, geadas no Brasil e pela situação tarifária, enquanto os preços do açúcar encerraram a semana com pouca variação.
CAFÉ
* Os contratos futuros do café arábica fecharam a sessão em alta de 15,15 centavos de dólar, ou 4,6%, a US$3,4165 por libra-peso, depois de atingir uma máxima em oito semanas de US$3,4430. Os preços do arábica subiram 10,4% esta semana, depois de avançarem 8,8% na semana passada.
* Os negociantes disseram que o mercado foi sustentado em parte por uma queda nos estoques certificados na bolsa, que caíram para o nível mais baixo em um ano, em torno de 720.000 sacas, já que os torrefadores procuram garantir suprimentos alternativos após a imposição de uma tarifa de 50% sobre as importações americanas de café brasileiro.
* O Brasil fornece cerca de um terço das importações de café dos EUA.
* "Os estoques continuam baixos, as exportações tiveram um desempenho inferior em algumas regiões produtoras e as recentes geadas leves a moderadas no Brasil, especialmente na região do Cerrado Mineiro, levantaram preocupações sobre a próxima safra", disse o analista do Rabobank Guilherme Morya em um relatório na sexta-feira.
* "No momento, não há nenhum negócio para os EUA", disse um corretor com sede no Brasil.
* O café robusta ganhou 2,9%, para US$4.067 a tonelada métrica, tendo atingido seu nível mais alto em quase dois meses, de US$ 4.079. O robusta subiu 16% esta semana, depois de subir 8% na semana passada.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto caiu 0,14 centavos de dólar, ou 0,8%, a 16,44 centavos de dólar por libra-peso. O mercado pouco se alterou durante a semana.
* A produção de açúcar na principal região centro-sul do Brasil caiu 0,8% na segunda metade de julho em comparação com o mesmo período do ano anterior, atingindo 3,61 milhões de toneladas métricas, informou a associação industrial Unica nesta sexta-feira.
* Os comerciantes observaram uma queda no teor de açúcar da cana no Brasil, o que pode estar levando as usinas a alocar uma quantidade muito alta de cana para a produção do adoçante para cumprir os contratos de exportação. A alocação de cana para açúcar atingiu 54% na segunda metade de julho.
* O açúcar branco caiu 1,7%, para US$481,20 por tonelada.
(Reportagem de Nigel Hunt e Marcelo Teixeira)