Café sobe com investidores avaliando tarifas dos EUA e clima no Brasil

Publicado 13.08.2025, 17:55
Atualizado 13.08.2025, 18:00
© Reuters.

NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros de café na ICE registraram ganhos nesta quarta-feira, com os investidores continuando a avaliar o efeito das tarifas elevadas dos Estados Unidos sobre o Brasil, o maior produtor de café, e permanecendo atentos à onda de frio em algumas das áreas de cultivo do país.

CAFÉ

* Os contratos futuros do café arábica fecharam em alta de 4,45 centavos de dólar, ou 1,4%, a US$ 3,196 por libra-peso, depois de atingir uma máxima em seis semanas na terça-feira.

* Os compradores dos Estados Unidos estão solicitando aos exportadores brasileiros de café que adiem os embarques após a imposição de uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros pelos EUA, informou o grupo de exportadores Cecafé.

* O setor cafeeiro dos EUA está agora em um modo espera enquanto aguarda notícias sobre as negociações tarifárias, disse o Cecafé.

* Os comerciantes disseram que, na ausência de um novo desastre, o café provavelmente atingiu suas máximas por enquanto. Eles explicaram que, embora a questão tarifária continue a incomodar os traders físicos, ela afetará em grande parte os prêmios e descontos do mercado e o cumprimento ou não dos contratos.

* Em outros lugares, relatos de geadas leves e irregulares em algumas áreas cafeeiras do Brasil contribuíram para o aumento dos preços nessa semana, embora a colheita continue progredindo bem em geral.

* A Cooxupé, a maior cooperativa de café do Brasil, informou que seus agricultores haviam colhido 80,4% de sua safra de 2025 até 8 de agosto, abaixo dos 87,3% registrados no mesmo período do ano passado.

* O café robusta subiu 4,7%, para US$3,799 a tonelada métrica, tendo atingido o valor mais alto em quase dois meses, a US$3,870.

CACAU

* O cacau de Nova York recuou US$110, ou 1,3%, para US$ 8.558 a tonelada, depois de ter atingido uma máxima de seis semanas de US$8.823 na segunda-feira.

* Devido às más condições climáticas, a Costa do Marfim, maior produtora de cacau, reduziu para 1,2 milhão de toneladas seus contratos de exportação da safra principal de 2025/26, de outubro a março, ante 1,3 milhão, disseram à Reuters duas fontes do Conselho de Café e Cacau do país.

* Os negociantes, no entanto, citaram relatórios do setor dizendo que tanto a Costa do Marfim quanto Gana ainda têm mais vendas a termo de sua safra principal de 2025/26 a fazer, com a América Latina também vendendo ativamente ultimamente, depois que os preços atingiram máximas de quase dois meses.

* O cacau em Londres caiu 0,8%, para 5.758 libras por tonelada.

AÇÚCAR

* O açúcar bruto caiu 0,09 centavo, ou 0,5%, a 16,85 centavos de dólar por libra-peso, tendo atingido uma máxima de dois meses de 17,05 centavos na terça-feira, em meio à melhora da demanda nos mercados físicos.

* Acredita-se que a agência comercial estatal do Paquistão, a TCP, tenha comprado cerca de 55.000 toneladas de açúcar branco em uma licitação internacional que buscava até 100.000 toneladas, encerrada esta semana.

* O açúcar branco teve pouca alteração, a US$487,20 por tonelada.

(Reportagem de May Angel e Marcelo Teixeira)

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