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Carrefour Brasil tem queda de 59% no lucro no 3° tri com efeito de compra do BIG

Publicado 09.11.2022, 18:48
Atualizado 09.11.2022, 18:50
© Reuters.
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SÃO PAULO (Reuters) - O Carrefour (BVMF:CRFB3) Brasil divulgou nesta quarta-feira queda de quase 60% no lucro líquido do terceiro trimestre em relação a um ano antes, pressionado pelos efeitos da alta da taxa de juros na dívida da varejista, que inflou após aquisição do Grupo BIG, bem como dos custos de conversões de lojas da rival incorporada.

O lucro líquido ajustado ao controlador foi de 256 milhões de reais entre julho e setembro, queda de 58,8% em comparação a igual período do ano anterior.

Do outro lado, a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado cresceu 14% ano a ano, para 1,7 bilhão de reais. Analistas, em média, esperavam Ebitda de 1,8 bilhão de reais.

O Carrefour Brasil, que tem na marca Atacadão seu principal ativo, fechou a compra do BIG em junho e vem executando um projeto de integração, o que inclui a conversão de cerca de um terço das 374 lojas adquiridas -- sem contabilizar as vendidas por determinação do órgão antitruste Cade.

"Temos o efeito do custo da aquisição, uma dívida que sobe, taxas de juros que sobem também. Isso tem um efeito lógico a nível do lucro líquido. Essa queda já estava esperada," disse David Murciano, diretor de finanças e de relações com investidores da companhia, a jornalistas.

No final de outubro, a empresa afirmou que previa concluir 50 conversões até o final deste ano, ou 40% das conversões planejadas, contra 30% inicialmente. O custo geral das conversões foi estimado em junho em 2,1 bilhões de reais.

A dívida líquida do Carrefour dobrou no trimestre, na comparação anual, a cerca de 19 bilhões de reais, como efeito da aquisição do BIG, que custou ao redor de 7,5 bilhões de reais.

Margens cedem

A rentabilidade do grupo medida pela margem Ebitda cedeu de 7,9% para 6,4% em 12 meses, com retração de 1,1 ponto percentual no atacarejo e de 1,3 ponto no varejo (como, por exemplo, as lojas da marca Carrefour).

Murciano disse que a redução deve-se ao efeito dos custos de conversão de lojas e da incorporação do BIG. No caso específico do atacarejo, ele afirmou que trata-se também de um retorno normal aos patamares históricos de margem da unidade, à medida que a inflação mostra alguns sinais de arrefecimento.

As despesas com vendas, gerais e administrativas saltaram 1,3 como percentual da receita líquida no período.

Em vendas, dado que já havia sido divulgado ao mercado de modo preliminar no final de outubro, o Carrefour Brasil somou faturamento bruto de 29,3 bilhões de reais no segundo trimestre, um salto de 41,4% ante mesma etapa do ano passado, refletindo sobretudo a contribuição de novas lojas.

Carrefour segura crédito

O Banco Carrefour viu sua inadimplência acima de 90 dias subir de 13,2% a 13,9% ante o segundo trimestre. As unidades financeiras de varejistas vêm tendo dificuldades diante do cenário macroeconômico de juros e inflação em patamares altos frente às últimas décadas.

Nesta semana, a Lojas Renner (BVMF:LREN3) afirmou que seu braço financeiro Realize estava "em dificuldades", com alta na inadimplência, o que fez com que a empresa adotasse política mais conservadora de concessão de crédito.

Murciano disse que, apesar da elevação na inadimplência, o cenário do Banco Carrefour "não é tão ruim" quando comparado ao do mercado, incluindo o setor financeiro.

"Se observamos que o cliente está comprando menos, itens mais baratos, é um cliente que tem mais risco, então conseguimos adaptar (o crédito)", afirmou ele.

 

(Por Andre Romani)

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