Casas Bahia eleva prejuízo a R$408 mi no 1º tri sobre um ano antes

Publicado 14.05.2025, 22:02
Atualizado 14.05.2025, 22:05
© Reuters

Por Patricia Vilas Boas

SÃO PAULO (Reuters) - A Casas Bahia (BVMF:BHIA3) elevou seu prejuízo líquido para R$408 milhões no primeiro trimestre, contra perda de R$261 milhões na mesma etapa do ano passado, com a piora no resultado financeiro, apesar de um desempenho operacional positivo no período.

Dentro da estratégia da companhia, a varejista fechou 21 lojas em abril, informou o diretor financeiro da Casas Bahia, Elcio Ito, à Reuters, após a abertura de uma unidade nos primeiros três meses de 2025.

"Plano de expansão de lojas nós não temos para este ano. Somente se tiver alguma grande oportunidade, como (foi) o caso específico da nova sede... mas não tem nada muito no radar de querer abrir lojas."

Quanto ao encerramento de lojas, Ito disse que podem acontecer mais fechamentos, mas que as decisões serão avaliadas caso a caso. "Sempre monitoramos o que a gente chama de ’UTI de lojas", disse, acrescentando que essa análise envolve atualmente cerca de 70 unidades.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da Casas Bahia subiu 47,3% no trimestre ano a ano, a R$570 milhões, com margem de 8,2%, superior em 2,1 pontos percentuais versus o primeiro trimestre de 2024, conforme relatório de resultados divulgado nesta quarta-feira.

A performance foi apoiada pela expansão de 10,1% na receita líquida, a R$6,99 bilhões, com vendas medidas pelo indicador GMV subindo 10,2% no consolidado, além de crescimento de 16,2% nas lojas físicas e 17,7% nas vendas mesmas lojas.

A última linha do balanço, contudo, sofreu impacto de um resultado financeiro negativo em R$922 milhões, 89,7% acima de um ano antes, com maiores despesas financeiras em função de uma maior Selic e impactos não recorrentes.

Ito também destacou que a companhia tem uma estrutura de capital "que precisa ser melhorada" e há caminhos que podem ser tomados para isso, como foco na melhora gradual do desempenho operacional, monetização de créditos tributários, possibilidade de venda de ativos e a janela, em outubro, para bancos credores optarem pela conversão de dívidas da empresa em ações.

A Casas Bahia possui cerca de R$2 bilhões em créditos tributários para ressarcimento e, na noite da véspera, informou que obteve decisão favorável na Justiça para a compensação de R$632 milhões - montante que, segundo Ito, deve levar cerca de 12 meses para refletir no balanço.

"A gente chegou a ter R$4 bilhões de crédito de ICMS, então ele vem caindo de forma gradual nos últimos anos...", afirmou.

A alavancagem financeira da Casas Bahia, medida pela relação dívida líquida/Ebitda ajustado, encerrou o trimestre em -0,9 vez, ante taxa de -1,2 vez um ano antes.

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