(Corrige para acordo por caixa 2 e não por denúncia de corrupção)
SÃO PAULO (Reuters) - A CCR (SA:CCRO3) informou nesta quinta-feira que assinará acordo com o Ministério Público do Estado de São Paulo em que pagará 81,5 milhões de reais para encerrar inquérito civil envolvendo a companhia e algumas de suas controladas por suposto caixa 2.
O acordo, chamado pelo MP paulista de "Termo de Autocomposição", será posteriormente encaminhado para homologação judicial. A empresa não deu detalhes do acordo, que envolve denúncias divulgadas no começo deste ano sobre suposto pagamento de comissão a ex-diretor da Dersa, empresa estadual de rodovias.
As ações da companhia saltavam 6,5 por cento às 12h30 (horário de Brasília), enquanto o Ibovespa tinha valorização de 0,5 por cento.
De acordo com a empresa, do total, 64,53 milhões de reais serão pagos ao Estado de São Paulo e 17 milhões de reais, a título de doação, para a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Os montantes serão pagos em duas parcelas, a primeira no valor de 49,265 milhões de reais em 1 de março de 2019 e o saldo remanescente em 1 de março de 2020.
A companhia não revelou detalhes do acordo, afirmando que são sigilosos, mas que seguem "de forma geral, os padrões adotados em outros casos semelhantes, bem como atendem ao melhor interesse da CCR e de seus acionistas... A companhia continuará contribuindo com as demais autoridades públicas".
O acordo foi acertado alguns meses depois da CCR indicar em julho Leonardo Vianna, então diretor de novos negócios, para a presidência-executiva da companhia. Vianna substituiu Renato Vale (SA:VALE3), que comandou a companhia por duas décadas.
(Por Alberto Alerigi Jr.)