Por Gabriel Codas
Investing.com - Na parte da tarde desta quarta-feira as ações da Companhia Energética de Brasília (CEB (SA:CEBR3)), controlada pelo governo do Distrito Federal, operam com importante valorização na bolsa paulista. A estatal informou que seus acionistas aprovaram por maioria na véspera uma proposta que prevê a venda de 100% das ações de sua controlada de distribuição de eletricidade CEB-D.
Dentro desse cenário, por volta das 14h32, os ativos tinham ganhos de 5,5% a R$ 96,00.
Em assembleia geral extraordinária, os acionistas decidiram ainda que a privatização da CEB-D deverá envolver preço mínimo de venda de 1,423 bilhão de reais pela empresa, disse a CEB em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A companhia disse ainda que será realizada na quarta-feira uma audiência pública para prestar informações sobre o processo de desestatização e receber contribuições da sociedade.
Interessados
No começo do mês, a EDP (SA:ENBR3) Brasil e a Neoenergia (SA:NEOE3) revelaram que deverão avaliar os processos de privatização das distribuidoras de energia CEEE-D e CEB-D, que serão vendidas pelos governos do Rio Grande do Sul e do Distrito Federal, respectivamente, disseram os presidentes das duas elétricas privadas.
"Diria simplesmente que as duas empresas são ótimas concessões, do ponto de vista do mercado que ocupam, do ponto de vista de potência que têm de criação de valor", disse o CEO da EDP Brasil, Miguel Setas, ao ser questionado sobre o interesse nas empresas durante palestra no evento Enase, do Canal Energia.
"Obviamente o grupo EDP está atento a todas oportunidades de mercado, não só na distribuição, mas também geração, transmissão e outros segmentos", acrescentou Setas.
"São ativos interessantes, têm potenciais de sinergia do ponto de vista de nossas operações, atendem novos mercados para o grupo Neoenergia. Em consequência, dado nosso tamanho, e nossa realidade de buscar oportunidades que criem valor, olharemos com atenção", disse o CEO da Neoenergia, Mario Ruiz-Tagle.
Ele destacou, no entanto, que a empresa já tem um robusto plano de investimentos e por isso terá cautela, "sempre respeitando uma política muito responsável de alocação de capital".