SÃO PAULO (Reuters) - As principais distribuidoras do país terão direito a financiamentos bilionários dentro da chamada Conta-Covid, com a unidade da Cemig (SA:CMIG4) podendo tomar até 1,78 bilhão de reais e Enel (MI:ENEI) SP 1,4 bilhão de reais, conforme publicação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em edição extra do Diário Oficial da União.
A diretoria da Aneel aprovou em reunião nesta terça-feira valores teto e condições para uma operação que envolverá a viabilização de empréstimos de cerca de 16 bilhões de reais a distribuidoras de eletricidade devido aos impactos financeiros do coronavírus sobre o segmento.
Mas os valores de cada distribuidora foram definidos mais tarde.
A Light (SA:LIGT3) também terá direito a captar recursos bilionários, com um total de até cerca de 1,3 bilhão de reais, seguida pelas unidades da CPFL (SA:CPFE3), com 892 milhões de reais (CPFL Paulista), CPFL Piratininga (275,5 milhões de reais), enquanto a paranaense Copel (SA:CPLE6) terá direito a 884,6 milhões de reais.
Os empréstimos para as elétricas serão tomados por meio da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) para não impactar o endividamento das empresas, com possibilidade de posterior repasse dos custos de amortização às tarifas.
A operação envolverá um grupo de bancos liderado pelo BNDES.
Veja no link abaixo os limites captação de recursos de outras distribuidoras, conforme definido pela Aneel.
http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-normativa-n-885-de-23-de-junho-de-2020-263039015
(Por Roberto Samora, com reportagem adicional de Luciano Costa)