SÃO PAULO (Reuters) - A elétrica mineira Cemig (SA:CMIG4) postergou o vencimento de quase 550 milhões de reais em dívidas de sua subsidiária Cemig GT, de geração e transmissão, segundo ata de reunião do Conselho de Administração da companhia realizada na última semana e divulgada nesta terça-feira.
Em todos os casos, a Cemig adiou em 60 dias o vencimento de parcelas de contratos de crédito junto ao Banco do Brasil (SA:BBAS3) que ocorreriam em outubro, mas em troca de elevação nos encargos financeiros ou do pagamento de taxas.
Em duas parcelas, de 33,9 milhões de reais e 95,2 milhões, os encargos financeiros sobre o saldo devedor passaram de 108 por cento da variação do CDI para 128 por cento. Em uma terceira parcela, de 270 milhões, o custo passou de 112 por cento do CDI para 128 por cento do CDI.
Uma última parcela, de 150 milhões de reais, foi postergada em troca do pagamento de um "fee" de 0,5 por cento sobre o total do principal a ser prorrogado.
A Cemig também reviu as cláusulas para vencimento antecipado das dívidas. Pelos termos, os credores poderão exigir o pagamento dos débitos caso a alavancagem da empresa, medida pela relação entre dívida líquida e geração de caixa, ultrapasse 5,5 vezes em 2017.
Para 2018, o teto para a alavancagem é de 5 vezes, para 2019 de 4,5 vezes, para 2020 de 3 vezes e para 2021 de 2,5 vezes.
No final de junho, a Cemig somava 12,5 bilhões de reais em dívida líquida, com uma alavancagem de 3,98 vezes. Desses valores, 8 bilhões de reais têm vencimento em 2017 e 2018.
(Por Luciano Costa)