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CENÁRIOS-Rali de elétricas na bolsa pode continuar com capital chinês e consolidação

Publicado 26.07.2016, 17:07
© Reuters.  CENÁRIOS-Rali de elétricas na bolsa pode continuar com capital chinês e consolidação
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Por Luciano Costa

SÃO PAULO (Reuters) - A recuperação das ações de elétricas na BM&FBovespa (SA:BVMF3), com ganhos de cerca de 45 por cento neste ano, ainda tem espaço para continuar, com os papéis impulsionados pela expectativa de uma forte injeção de recursos no setor, caso a chinesa State Grid compre a totalidade da CPFL Energia (SA:CPFE3), e com outras notícias sobre a consolidação no segmento.

O índice de energia elétrica da bolsa acumula ganhos de cerca de 17 por cento desde 1º de julho, quando a CPFL divulgou que a Camargo Corrêa, uma de suas controladoras, aceitou vender fatia na companhia energética por de 5,85 bilhões de reais à chinesa State Grid .

Desde a confirmação do negócio, o IBovespa acumula alta quase 10 por cento.

Se os demais controladores, Previ e Bonaire, também venderem suas fatias à State Grid, os orientais precisariam fazer uma oferta pelas ações dos minoritários, em uma transação que pode envolver um total de até 25 bilhões de reais.

Segundo especialistas ouvidos pela Reuters, o eventual fechamento de capital da companhia poderia levar os mais de 8 bilhões de reais investidos pelos minotirários a migrar para outros ativos, com tendência de parte relevante dos recursos continuar no setor elétrico.

"Esses investidores devem migrar uma parte para ativos também do setor elétrico. Eventualmente uns vão realizar esse lucro, ou migrar para outro setor, mas existe sim uma grande chance de que haja uma movimentação intensa principalmente no setor", afirmou à Reuters o professor de Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Andriei José Beber.

Analistas financeiros concordam que a injeção de recursos no mercado pelos orientais pode alavancar os papéis das elétricas, mas veem também outros motivos para otimismo.

"Sempre quando se cria essa expectativa de fluxo a gente vê algumas mudanças. Acho que é um ponto positivo, sem dúvida concordo com essa tese, mas não vejo só essa questão, acho que é um momento favorável do setor elétrico como um todo", afirmou o analista Roberto Indech da Rico Corretora.

Ele citou como exemplos de boas notícias para o setor a intenção da Eletrobras (SA:ELET3) de vender distribuidoras e ativos de geração e transmissão, a possibilidade de retomada das discussões sobre a privatização da estatal paulista Cesp (SA:CESP6) e movimentos para desinvestimentos pela mineira Cemig (SA:CMIG4).

Além disso, nomes técnicos já anunciados pelo governo interino de Michel Temer para o Ministério de Minas e Energia, a Eletrobras e a estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE) foram vistos pelo mercado como uma mudança nas políticas para um setor, cujas ações caírem fortemente após um pacote de medidas do governo da presidente afastada Dilma Rousseff para reduzir tarifas em 2012.

"Há perspectiva de ventos favoráveis...até porque foi um setor bastante penalizado nos últimos anos, e agora parece que reencontrou seu caminho", afirmou o analista da Rico, que vê uma forte tendência de consolidação na indústria elétrica, com amplo espaço para fusões, aquisições e privatizações.

Nesse cenário, ele apontou empresas vistas como potenciais compradoras de ativos, como a Equatorial Energia (SA:EQTL3), como possíveis beneficiadas com o bom humor dos mercados.

Já o sócio da gestora de recursos AZ Legan, Ivan Kraiser, afirmou que elétricas que vinham desvalorizadas na bolsa, como Eletropaulo e Cemig, terão espaço para ganhos adicionais.

Ele também vê grande interesse do mercado pela oferta primária de ações da elétrica Energisa (SA:ENGI4), que controla 13 distribuidoras de eletricidade.

"Acho que (as ações de elétricas) tem muito para subir ainda...você vê um monte de boas notícias se afunilando", disse.

Há uma aposta geral, ainda, de que o mercado fique mais estável a partir de agosto, quando é esperada a decisão defintiva do Senado sobre o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

A expectativa é que a conclusão do processo de impeachment reduza a percepção de grande risco político no país por parte dos investidores.

"Com a diminuição desse risco percebida pelos investidores internacionais, mais dinheiro deve fluir para o setor, que sempre foi bem visto...a própria aposta dos chineses vai ajudar a fazer com que outros se animem a entrar nesse mercado", disse Beber, da FGV.

Às 16:43, índice de energia elétrica da Bovespa operava em leve queda, de 0,27 por cento, ante variação positiva do Ibovespa de 0,05 por cento.

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