O novo CEO da Nestle SA, Laurent Freixe, lançou um plano de recuperação visando revitalizar as principais marcas da empresa e recuperar participação de mercado. Esta estratégia surge enquanto o gigante alimentício suíço enfrenta uma demanda enfraquecida dos consumidores, particularmente em seus maiores mercados, América do Norte e Europa. Freixe, que sucedeu Mark Schneider no mês passado, detalhou sua abordagem para reformular o conselho executivo, focar nas 31 "marcas bilionárias" principais da Nestle SA e aumentar a competitividade através de inovação e marketing.
O anúncio chegou em conjunto com a decisão da Nestle SA de reduzir sua previsão de vendas para o ano inteiro, após um crescimento orgânico de vendas de nove meses menos robusto do que o esperado. Na América do Norte, a empresa conseguiu apenas um aumento de 0,6% nos preços, vendendo produtos em grandes varejistas como WMT e KR. Na Europa, as negociações com os supermercados tornaram-se mais desafiadoras, com vários produtos removidos das prateleiras no terceiro trimestre.
O analista da Bernstein, Callum Elliott, observou as dificuldades que Freixe enfrenta para melhorar essas tendências, questionando se os problemas são devido a dificuldades de execução ou desafios de crescimento mais amplos nas categorias da Nestle SA. A indústria alimentícia experimentou perturbações significativas nos últimos dois anos, incluindo problemas na cadeia de suprimentos pós-Covid-19, preços disparados de commodities e energia, e tensões geopolíticas.
Desde o início de 2022, as ações da Nestle SA caíram cerca de um terço. Freixe está simplificando a estrutura da empresa, reduzindo o número de regiões geográficas de cinco para três. O analista da Barclays, Warren Ackerman, comentou que, embora Freixe tenha causado uma impressão positiva, a pressão em mercados como os EUA, Europa e América Latina apresenta um cenário desafiador para uma recuperação.
O ex-CEO Schneider foi abruptamente substituído após um período de fraco crescimento no volume de vendas, com a Nestle SA tendo reduzido anteriormente os esforços de marketing e inovação. Isso levou os consumidores a optarem por marcas mais acessíveis, e mesmo quando a Nestle SA desacelerou os aumentos de preços, suas marcas lutaram para recuperar as vendas devido à falta de inovação e marketing.
Apesar de cortar as perspectivas para o ano inteiro, as ações da Nestle SA subiram cerca de 2% na quinta-feira, indicando o apoio dos investidores aos planos de Freixe. O chefe de renda variável global da Janus Henderson, Ben Lofthouse, referiu-se ao longo mandato de Freixe na Nestle SA e seu recente retorno da América Latina como fatores estabilizadores. O analista da Vontobel, Jean-Philippe Bertschy, antecipa possíveis alienações de marcas no futuro.
A Nestle SA, que também produz chocolates Quality Street e sorvetes Haagen Dazs, tem se concentrado em suas "marcas bilionárias", de forma semelhante à estratégia da rival Unilever. No entanto, o vasto portfólio da Nestle SA de mais de 2.000 marcas pode tornar essa tarefa mais complexa. A empresa viu crescimento nas vendas este ano principalmente em café, cuidados com animais de estimação e confeitaria, impulsionado por novos produtos inovadores.
Freixe afirmou que melhorar a participação de mercado, que mostrou alguma melhora no terceiro trimestre para as principais marcas, é uma prioridade fundamental. Ackerman, da Barclays, alertou os investidores para serem pacientes, prevendo que o próximo ano seria um ano de transição com outro ano de crescimento negativo dos lucros, sugerindo que os investidores deveriam olhar além de 2025 para melhorias significativas.
A Reuters contribuiu para este artigo.
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