Jes Staley deixou o cargo de CEO do Barclays (LON:BARC) (SA:B1CS34), sob pressão de reguladores britânicos em meio a revelações sobre a relação do executivo com o criminoso sexual e financeiro condenado Jeffrey Epstein.
O banco informou que Staley renunciou "em vista das conclusões" feitas pelos reguladores do Reino Unido em sua longa investigação sobre sua associação com Epstein. As ações do Barclays chegaram a cair 3% na Bolsa de Londres, mas reduziram as perdas na metade do período da manhã (de Brasília), passando a ceder 1,35%.
A empresa disse que a investigação não encontrou evidências de que "Staley viu, ou estava ciente de, qualquer um dos supostos crimes de Epstein" e disse que Staley estava planejando contestar as conclusões feitas pelos reguladores.
C.S. Venkatakrishnan, chefe de mercados globais, assumirá como CEO imediatamente, disse o banco.
Porta-vozes da Autoridade de Conduta Financeira e da Autoridade de Regulação Prudencial do Reino Unido confirmaram a declaração do Barclays, mas se recusaram a fornecer mais detalhes sobre a investigação.
"Parece que os reguladores acreditam que houve uma nítida falta de transparência nessa relação", disse Susannah Streeter, analista da gestora de ativos e corretora Hargreaves (LON:HRGV) Lansdown PLC do Reino Unido.
Epstein se confessou culpado em um tribunal estadual da Flórida por solicitar a prostituição de uma garota menor de idade em 2008. Ele foi encontrado morto em agosto de 2019 em um centro de detenção de Nova York, onde aguardava julgamento por acusações federais de tráfico sexual, no que o médico examinador considerou suicídio.