SÃO PAULO (Reuters) - A elétrica Cesp (SA:CESP6) decidiu não solicitar ao governo federal a prorrogação do contrato de concessão de sua hidrelétrica Jaguari, que vence em 2020, segundo documento divulgado pela companhia nesta sexta-feira.
Com isso, a empresa de energia controlada pela Votorantim Energia e pelo fundo canadense CPPIB deverá ver levemente reduzido seu atual parque gerador, que soma três usinas, mas tem a capacidade quase toda concentrada em um único empreendimento, a hidrelétrica de Porto Primavera, com 1,54 gigawatt.
A usina de Jaguari, em São José dos Campos, possui 28 megawatts em potência. Além dessa unidade e de Porto Primavera, compõe ainda o portfólio da Cesp a hidrelétrica de Paraibuna, com 87 megawatts em potência.
De acordo com ata de reunião do conselho de administração divulgada pela Cesp, o colegiado decidiu pela "formalização à União sobre o não interesse da companhia na renovação da UHE Jaguari".
"A companhia manterá suas responsabilidades de concessionária até o término da vigência do contrato... em 20 de maio de 2020", aponta o documento, divulgado nesta sexta-feira.
A Cesp pertence à Votorantim Energia e ao fundo de pensão canadense Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB), com 50% cada, desde um leilão de privatização realizado no ano passado pelo governo paulista, até então controlador da empresa.
A concessão da usina Porto Primavera, principal ativo da elétrica, foi renovada antes da desestatização, para até 2049. Já a usina Paraibuna tem concessão até 2021.
O conselho da Cesp também aprovou os termos de um novo Programa de Desligamento Voluntário, segundo a ata da reunião do colegiado, mas o documento não cita detalhes sobre a iniciativa.
(Por Luciano Costa)