Investing.com - A Cesp desaba no pregão desta sexta-feira após o anúncio do governo de São Paulo de que o leilão de privatização da distribuidora está suspenso. O certame seria realizado em 26 de setembro.
O papel preferencial (SA:CESP6) da companhia amarga perdas de 5,6% e retorna à casa dos R$ 14,30, menor patamar de negociação intraday desde a semana seguinte ao crash da bolsa em 18 de maio após a divulgação da delação dos executivos da J&F, com denúncias contra Michel Temer.
O papel vem destoando do sentimento positivo do Ibovespa com recuo nas últimas seis semanas, com a ausência de novidades e a suspeita de que o leilão estaria atraindo poucos interessados.
No final de agosto, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou que a privatização atraía investidores nacionais e estrangeiros, sem entrar em detalhes, e marcou a divulgação dos interessados para essa semana.
Antes da abertura do mercado, o Credit Suisse projetava um potencial de desvalorização de 14% frente ao fechamento de ontem a R$ 15,14, para o patamar de R$ 13.
Os analistas do mercado apontam que a falha da empresa de conseguir renovar suas concessões das hidrelétricas com a União prejudicou o apetite dos investidores.
A Cesp opera três hidrelétricas em São Paulo, que possuem concessão vencendo entre 2020 e 2028. O governo de São Paulo decidiu levar adiante o leilão mesmo após a negativa da União.