SÃO PAULO (Reuters) - O governo do Estado de São Paulo prevê realizar em setembro o leilão para a venda de sua fatia na elétrica Cesp (SA:CESP6), onde é controlador, e o processo deverá ser levado adiante sem uma extensão dos atuais contratos de concessão das usinas da empresa, segundo publicação no Diário Oficial do Estado nesta quarta-feira.
A Reuters publicou na semana passada, com informação de duas fontes, que a licitação para privatização da Cesp está prevista para setembro.
O governo paulista chegou a avaliar a possibilidade de negociar junto à União a prorrogação por 30 anos das concessões da empresa, mas após estudos internos houve a conclusão de que a alternativa não seria vantajosa.
Isso porque a União condicionou a prorrogação à cobrança de um bônus de outorga que corresponderia à totalidade do fluxo de caixa pelo período de concessão, sem prejuízo da cobrança cumulativa de até 2,5 por cento da receita operacional bruta dos ativos por cinco anos, a título de "uso do bem público".
"Além disso, seria acrescida à outorga parte do eventual ágio obtido no leilão de privatização", aponta o governo paulista, em ata de reunião sobre o processo de venda da Cesp publicada no Diário Oficial.
Após a Cesp comunicar essa decisão na noite de terça-feira, o banco Credit Suisse reduziu nesta quarta-feira o preço-alvo e a recomendação para as ações da Cesp, citando que esperava ganhos de valor com a eventual prorrogação do prazo das concessões.
(Por Luciano Costa)