BRUXELAS (Reuters) - O chefe da indústria da União Europeia, Thierry Breton, alertou nesta sexta-feira o presidente-executivo da Alphabet (NASDAQ:GOOGL), Sundar Pichai, a aderir às regras de tecnologia do bloco após a disseminação de desinformação no YouTube na esteira dos ataques do grupo militante Hamas em Israel.
Breton lembrou Pichai, em carta divulgada em rede social, das obrigações da empresa estabelecidas pela Lei de Serviços Digitais (DSA), que exige que plataformas online de grande porte trabalhem mais para combater conteúdo nocivo e ilegal.
A carta é semelhante às enviadas ao longo desta semana ao proprietário do X, Elon Musk, e aos presidentes-executivos da Meta, Mark Zuckerberg, e do TikTok, Shou Zi Chew, mas sem um prazo de 24 horas para tomar medidas de combate à desinformação.
Conteúdos falsos sobre o conflito entre Israel e o Hamas têm se espalhado nas principais plataformas de redes sociais nos últimos dias.
"Primeiramente eu gostaria de lembrar que você tem particular obrigação de proteger as milhões de crianças e adolescentes que utilizam as suas plataformas na UE contra conteúdos violentos que retratam a tomada de reféns e outros vídeos explícitos", disse ele na carta.
Breton disse que sua equipe irá fazer um acompanhamento com um pedido específico em relação a uma série de questões para garantir que o Google cumpra com a legislação.
De acordo com o YouTube, da Alphabet, a empresa tem atuado rapidamente para remover conteúdo prejudicial após o ataque do Hamas e está preparada para tomar medidas adicionais.
(Reportagem de Foo Yun Chee e Sudip Kar-Gupta, reportagem adicional de Sheila Dang em Dallas)