(Reuters) - Os custos de frete de barcaça para movimentação de grãos no Meio-Oeste dos Estados Unidos aumentaram nesta quinta-feira devido a contínuos problemas logísticos, mais de duas semanas após o furacão Ida, enquanto a cooperativa de agricultores e trading de grãos CHS disse que o cronograma para reabrir seu terminal permanece incerto.
A CHS informou nesta quinta-feira que espera que seu terminal de exportação de grãos em Myrtle Grove, Louisiana, esteja operacional no auge da colheita de milho e soja dos EUA, depois que o furacão Ida danificou as instalações no mês passado, mas não pôde ser mais específica.
O terminal, que recebe grãos de barcaças e carrega navios para exportação, permanece sem energia da concessionária local e as equipes de reparos estão usando um gerador, acrescentou. A energia terá que ser restaurada para a retomada dos embarques.
O Ida devastou a rede elétrica da região e danificou alguns dos vários terminais de grãos espalhados ao longo do rio Mississippi, de Baton Rouge ao Golfo do México, que formam o centro de exportação de grãos mais movimentado dos Estados Unidos.
A trading global de grãos Cargill Inc reabriu seu terminal de exportação de grãos em Westwego, Louisiana, esta semana, enquanto os exportadores rivais Louis Dreyfus Co e Archer-Daniels-Midland Co (NYSE:ADM) estão carregando embarques de exportação há vários dias.
Enquanto as tradings de grãos tentam retomar as operações no Golfo, a China reservou esta semana de quatro a seis carregamentos a granel de soja brasileira para embarque em outubro e novembro, durante o pico das exportações dos EUA.
Esses acordos alimentaram as preocupações da indústria de que a capacidade dos terminais do Golfo permaneceria restrita no próximo mês.
As barcaças no rio Mississippi de Memphis, Tennessee, até Cairo, Illinois, foram oferecidas na quarta-feira a 750% da tarifa, um salto ante os 650% dois dias antes, em um mercado onde movimenções de 10 pontos percentuais são mais comuns.
(Por Karl Plume em Chicago)