A Cielo (BVMF:CIEL3), líder do setor de maquininhas no Brasil, encerrou o segundo trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 635,3 milhões, de acordo com balanço divulgado nesta terça-feira, 2. Trata-se de resultado 252,2% maior que o do mesmo período do ano passado, e 244,1% maior que o do primeiro trimestre deste ano.
O resultado é o melhor desde o quarto trimestre de 2018, e foi impulsionado por fatores não recorrentes. O principal impacto foi o da venda da MerchantE, realizada em abril, e que teve um impacto líquido positivo de R$ 282,3 milhões. Outros fatores, como o impairment (baixa no valor contábil de ativos) de softwares e a reestruturação do canal lojas, tiveram impacto negativo.
Sem este efeito, a Cielo teve lucro líquido de R$ 375,9 milhões, que em bases recorrentes, foi 79,6% maior que o do mesmo trimestre do ano passado, e 57,8% superior ao resultado do primeiro trimestre. Segundo a companhia, a alta dos volumes capturados e da rentabilidade da base de clientes levaram ao crescimento.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Cielo foi de R$ 1,183 bilhão no trimestre encerrado em junho, 103,7% acima do apurado no mesmo período do ano passado. Em base recorrente, o Ebitda foi de R$ 914,7 milhões, alta de 57,5% em um ano.
A receita líquida da companhia foi de R$ 2,540 bilhões, uma retração de 9,7% em relação ao segundo trimestre de 2021. Se isolados os efeitos da venda da MerchantE, houve alta de 33,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
Entre as unidades da companhia, a maior parte do resultado veio da Cateno, responsável pela gestão dos arranjos de pagamento dos cartões Ourocard, do Banco do Brasil (BVMF:BBAS3). A Cateno registrou lucro de R$ 244,7 milhões, dos quais R$ 171,3 milhões são atribuíveis à Cielo - o BB é sócio da companhia.