O gesto do jogador de futebol Cristiano Ronaldo durante uma coletiva de imprensa pode ter custado cifras milionárias à Coca-Cola (NYSE:KO) (SA:COCA34). Em uma entrevista na segunda-feira, dia 14, antes da partida entre Portugal e Hungria, pela Eurocopa, o atacante removeu duas garrafas do refrigerante da sua frente da mesa de conferência e trouxe uma de água mais para perto dele, fazendo uma referência para que as pessoas bebessem mais água.
Segundo o jornal espanhol Marca, pouco antes do gesto do atacante português, as ações da Coca-Cola estavam custando US$ 56,10. Cerca de meia hora depois, quando Cristiano Ronaldo deixou a sala de entrevista, o preço de uma ação tinha atingido um valor mínimo de US$ 55,22, provocando uma desvalorização muito grande das ações da marca.
O jogador costuma enaltecer alimentação saudável. Seu gesto pode ter desencadeado uma queda de 1,6% das ações da Coca-Cola na Bolsa de Valores.
Segundo o periódico espanhol, em termos econômicos, a empresa perdeu US$ 4 bilhões com isso, saindo de um valor de US$ 242 bilhões para US$ 238 bilhões.
A Coca-Cola é parceira de longa data da Uefa e patrocina a Eurocopa desde 1988. São nove edições seguidas, incluindo a atual, e é comum ela colocar sua bebida ao lado dos microfones durante as entrevistas coletivas de técnicos e jogadores. Procurada, a empresa disse que não iria se manifestar.
Já a Uefa avisou que não prevê qualquer tipo de punição ao jogador, mas reforçou que a empresa Coca-Cola oferece uma variedade de bebidas para atender a diferentes gostos e necessidades, que estão disponíveis para os jogadores durante todo o torneio. "Isso inclui águas, bebidas isotônicas e sucos, café e chá, bem como Coca-Cola. Os jogadores recebem água, ao lado da Coca-Cola e da Coca-Cola Zero, na chegada às nossas coletivas de imprensa. Todos têm direito às suas preferências de bebida", disse.