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Cogna reduz prejuízo no 2º tri com melhora em resultado operacional

Publicado 07.08.2024, 18:26
Atualizado 07.08.2024, 18:30
© Reuters
COGN3
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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O grupo de educação Cogna (BVMF:COGN3) teve prejuízo líquido de 8,32 milhões de reais no segundo trimestre, bem menor do que a perda de 47,30 milhões apurada um ano antes, em desempenho apoiado por melhora no resultado operacional.

"Nós continuamos confiantes de que vamos fechar o ano com lucro líquido", afirmou o presidente-executivo da Cogna, Roberto Valério Neto, em entrevista à Reuters.

Em termos ajustados, a companhia teve lucro líquido de 50,45 milhões de reais, um salto de 359% na comparação ano a ano, com a margem líquida ajustada passando de 0,8% para 3,5%, segundo os dados divulgados pela companhia nesta quarta-feira.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente somou 481,63 milhões de reais, alta de 13,1% frente ao mesmo período do ano passado, com a margem nessa métrica melhorando de 30,7% para 33,4%.

A receita líquida aumentou 4%, para 1,44 bilhão de reais na comparação ano a ano, enquanto o total de custos cresceu 2,6% e as despesas operacionais tiveram queda de 9,6%.

Projeções de analistas compiladas pela Lseg apontavam lucro líquido de 53,19 milhões de reais, com receita de 1,451 bilhão e Ebitda de 450,26 milhões.

Entre as unidades de negócio, Kroton, de ensino superior, teve alta de 4,9% no faturamento puxada pela divisão de medicina Kroton Med e expansão de 12,7% no ensino a distância (EAD).

Valério destacou a alta de 15,8% na base de alunos da graduação no primeiro semestre, para a 1,1 milhão de estudantes, reflexo de aumento da captação e queda na evasão, com as bases de EAD e Kroton Med subindo 19,2% e 11,5%, respectivamente, enquanto no presencial caiu 0,6%.

"Quando somamos a graduação e a pós, temos 1,22 milhão de alunos. Isso mostra que estamos consistentemente crescendo", afirmou. No primeiro semestre de 2024, a base da pós-graduação aumentou 24,8%, para 85,1 mil alunos.

O executivo também citou que especialmente a Kroton está ajudando a Cogna a ser mais rentável, e isso decorre de melhorias em várias linhas do balanço, incluindo queda em despesas operacionais, despesas corporativas, provisões para inadimplência de alunos e marketing.

No caso de marketing, Valério adiantou que as despesas tendem a aumentar no trimestre corrente, com a empresa buscando "largar bem" no começo do ciclo de captação de alunos.

Valério afirmou que não houve novidade relacionada ao programa de financiamento estudantil do governo federal Fies, acrescentando que o tema está bem "frio" nas discussões dentro do setor.

"Olhando o déficit fiscal e as contas do governo, eu não acho que tem espaço para um Fies", acrescentou.

Nesta quarta-feira, as ações da Cogna terminaram cotadas a 1,54 real, em alta de 5,48%. No ano, porém, acumulam uma perda de quase 56%.

SISTEMA DE ENSINO

A Vasta teve um aumento de 8,5% na receita líquida no trimestre, para 294,35 milhões de reais, com o ciclo de 2024 apurando uma expansão de 11%, puxada por produtos de assinatura, com alta de 13,8%, mas também produtos "B2G", de vendas para governos, que está crescendo 70,6% frente ao ciclo de 2023.

"Nesse (segundo) trimestre especificamente, a companhia não teve nenhum contrato novo (em B2G), mas tem vários no pipeline", adiantou Valério.

De acordo com a Cogna, a receita de subscrição já atingiu 85,3% do guidance do Valor de Contrato Anual (ACV) acumulado no ciclo de vendas de 2024, representando um aumento de 1,4 ponto percentual em relação ao mesmo período anterior.

GCO DE R$1 BI NO ANO SEGUE NO PÁREO

A geração de caixa operacional após capex (GCO) totalizou 96,92 milhões de reais, uma queda de 43,3% ano a ano, o que a Cogna atribuiu a maior pagamento de fornecedores. No primeiro semestre, essa linha ficou positiva em 307,145 milhões de reais.

"A redução da GCO no trimestre não traz preocupação ao 'management', tão pouco coloca em risco o atingimento do guidance de 1 bilhão de reais de GCO após capex (investimentos) para 2024", afirmou a Cogna no balanço.

No final de junho, a alavancagem da Cogna medida pela dívida líquida dividida pelo Ebitda ajustado era de 1,79 vez, estável em relação ao final do primeiro trimestre, mas menor do que o nível de 1,98 vez um ano antes.

A companhia realiza conferência com analistas na quinta-feira, a partir das 11h, para comentar os números.

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