A Cogna (BVMF:COGN3) registrou lucro líquido de R$ 54,3 milhões no primeiro trimestre deste ano, revertendo prejuízo líquido de R$ 13 milhões do mesmo período de 2022. No critério ajustado, a companhia atingiu lucro de R$ 117,7 milhões, alta de 112,9% na mesma base de comparação.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa avançou 20,6% em relação a igual intervalo de 2022, para R$ 517 milhões, com margem de 38,9%, aumento de 2,5 pontos porcentuais. Já o Ebitda recorrente ficou em R$ 452,4 milhões, 12,6% maior do que um ano antes.
Entre janeiro e março, a Cogna registrou receita líquida de R$ 1,329 bilhão, alta anual de 13%. No relatório de resultados, a empresa destaca que os resultados positivos são efeito, principalmente, do crescimento de receita nas três unidades de negócio: Kroton, Vasta e Saber.
"Pelo terceiro trimestre consecutivo, Kroton apresenta crescimento de receita líquida de dois dígitos, apesar de cenário macroeconômico desafiador", explica a Cogna em seu release de resultados divulgado há pouco ao mercado. O resultado reflete, principalmente, o crescimento de 9,7% da base de alunos de graduação, alcançando 1,128 milhões de alunos, além das safras crescentes de receita e volume de captação, e repasse de inflação para veteranos.
A companhia destaca também que o Programa Nacional de Livro e Material Didático (PNLD), o negócio de maior representatividade em Saber, entrou em ciclo de crescimento no ano de 2023, "devido ao maior número de alunos atendidos pelo calendário comercial do ano, que considera os segmentos escolares do ensino fundamental 1 e 2 versus apenas o ensino fundamental 1 no ano de 2022. Este crescimento terá maior impacto positivo em Saber no segundo semestre de 2023".
O resultado financeiro da companhia ficou em R$ 237,9 milhões negativos no primeiro trimestre, uma piora de 5,8% ante os R$ 224,9 milhões também negativos de um ano antes.
A dívida líquida atingiu R$ 3,316 bilhões ao fim de março, 4,9% maior em relação a igual período de 2022 e 0,5% menor que dezembro passado. A alavancagem (Dívida Líquida/ Ebitda Ajustado) foi de 2,03 vezes, redução de 0,07 p.p ante o indicador do quarto trimestre de 2022. Segundo a Cogna, esse nível de alavancagem "oferece considerável margem de segurança para o covenant de 3 vezes".