Por Dhirendra Tripathi
Investing.com – As ações da Coinbase (NASDAQ:COIN) (SA:C2OI34) caíam 1,26% às 15h30 (horário de Brasília) desta sexta, cotadas a U$ 177,30, depois que a exchange de criptomoedas alertou sobre o declínio dos volumes de negociação entre janeiro e março, numa reversão da disparada vivenciada em seu trimestre mais recente. O BDR da ação recuava 3,08%, a R$36.25.
“E, portanto, esperamos que o primeiro trimestre tenha menos transações mensais de usuários e menor volume de negociação que o quarto trimestre de 2021”, escreveu a Coinbase em uma carta aos acionistas.
Com os preços dos criptoativos em queda, a empresa espera que a receita de assinaturas e serviços para o trimestre atual também seja sequencialmente menor.
“Isso não é incomum, pois vimos padrões históricos do mercado de criptomoedas em que os períodos de máximas históricas foram seguidos por períodos mais calmos”, disse a empresa na carta.
Os volumes de negociação saltaram mais de 67%, para US$ 547 bilhões sequencialmente no trimestre de dezembro, com o comércio de varejo respondendo por 32% dos volumes e os criptoativos contribuindo com 68% para o total de negociações. Só a negociação varejista aumentou 90%.
Embora os criptoativos continuem sendo tema de debates por razões de utilidade e legalidade, novos investidores continuaram a migrar para eles enquanto a exchange também tenta criar novos fluxos de receita, como custódia e um marketplace para tokens não fungíveis (NFTs)
As chamadas altcoins -- tokens diferentes do Bitcoin (BTC/USD) e Ethereum (ETH/USD) -- representaram 68% do volume de negociação da exchange no quarto trimestre, o maior já registrado.
A receita total no trimestre foi de US$ 2,5 bilhões, comparada com cerca de US$ 1,3 bilhão entre julho e setembro.
Para o ano, a Coinbase espera que a receita média de transações por usuário caia para “níveis anteriores a 2021”. Ela prevê um amplo intervalo para a média anual de usuários de varejo com transações mensais, numa faixa de 5 milhões a 15 milhões.