🐂 Nem todas as ações ganham no rali. Lista do ProPicks deste mês tem 5 ações subindo +20% Saiba mais

Com apostas altas, indústria brasileira de carnes domina delegação de Lula à China

Publicado 22.03.2023, 15:23
© Reuters. Carne bovina
08/022
REUTERS/Andrew Kelly
LCc1
-
ZS
-
BRFS3
-
EMBR3
-
JBSS3
-
MRFG3
-
VALE3
-
SUZB3
-

Por Lisandra Paraguassu e Ana Mano

SÃO PAULO (Reuters) - Mais de um quarto dos líderes empresariais que viajam para a China com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana tem ligações com a indústria brasileira de carnes, que está em expansão mas depende fortemente da demanda chinesa para a maior parte de suas exportações.

Dos quase 250 executivos participantes da viagem, 69 são de frigoríficos que dominam uma lista que inclui produtores de celulose, um grupo da indústria de soja e executivos dos setores de mineração, construção e serviços financeiros, de acordo com uma lista preliminar das delegações empresariais do governo vista pela Reuters.

A JBS (BVMF:JBSS3), maior empresa de carnes do mundo, que enviou cerca de 26% de suas exportações globais para a China no ano passado, terá cerca de dez representantes na delegação, incluindo três da família Batista que controla o negócio.

A BRF (BVMF:BRFS3), maior exportadora global de frango, pretende enviar cinco executivos, incluindo o presidente do conselho de administração Marcos Molina, fundador da Marfrig (BVMF:MRFG3) Global Foods, que detém o controle acionário da BRF.

Outros nomes da lista do governo, datada de 18 de março, incluem os CEOs da mineradora Vale (BVMF:VALE3), da fabricante de aviões Embraer (BVMF:EMBR3), da produtora de celulose Suzano (BVMF:SUZB3) e o grupo de engenharia Novonor, ex-Odebrecht.

Lula parte para a China neste fim de semana, mas muitos dos executivos da delegação e associações viajaram antes do presidente, de acordo com autoridades do governo.

Representantes da JBS disseram que a China é um parceiro comercial importante e que a empresa pretende fortalecer os laços comerciais. A Marfrig não quis comentar. BRF, Vale Suzano e Novonor não retornaram um pedido de comentário.

A Embraer afirmou que está otimista com o relançamento da parceria estratégica Brasil-China e a ampliação das trocas comerciais em setores de alto valor agregado, tal como o setor aeroespacial.

A J&F, empresa de investimentos da família Batista, dona da JBS e com participações no setor de produção de celulose e energia, não quis comentar sobre suas expectativas para a viagem. Uma pessoa próxima à empresa disse que a China é o maior mercado da J&F.

LISTA DE DESEJOS

A ABPA, associação brasileira dos frigoríficos de suínos e aves, está enviando pelo menos três representantes. Em nota, a ABPA informou que busca o reconhecimento de Pequim de que o Rio Grande do Sul e o Paraná estão livres de febre aftosa sem vacinação, para exportar carne suína com ossos e miudezas.

A ABPA também está pressionando por licenças de exportação para mais fábricas.

A China compra 44% das exportações brasileiras de carne suína em volume e cerca de 14% de frango, segundo dados da ABPA referente aos primeiros dois meses de 2023.

Duas grandes entidades da indústria de carne bovina, Abiec e Abrafrigo, também estão enviando representantes. Uma de suas prioridades é convencer a China a suspender o embargo à exportação de carne bovina aplicado em 23 de fevereiro, depois que um caso da doença da "vaca louca" atípico foi descoberto no Brasil.

Nenhuma das associações respondeu a um pedido de comentário.

"Amanhã faz um mês do embargo", disse o analista da Datagro Pecuária, João Figueiredo. “A expectativa é positiva para a reabertura nos próximos dias, e potencialmente durante a missão (presidencial)”.

© Reuters. Carne bovina
08/022
REUTERS/Andrew Kelly

Segundo fonte do governo brasileiro, a China já tem todas as informações necessárias sobre o caso sanitário.

O Brasil também pretende renegociar os protocolos sanitários segundo os quais um único caso de "vaca louca" desencadeia uma proibição de exportação para todo o país. Os produtores de carne bovina no Brasil perdem até 25 milhões de dólares por dia com o embargo.

Cerca de 62% das exportações brasileiras de carne bovina foram para a China no ano passado.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.