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Com crise no varejo, XP Investimentos prefere ações do GPA, Magalu e Vivara

Publicado 30.03.2020, 11:21
© Reuters.
LREN3
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MGLU3
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BHIA3
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VIVA3
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CEAB3
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PCAR3
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Por Gabriel Codas

Investing.com - Um dos setores que deve sofrer maior impacto com o avanço do coronavírus no Brasil e paralisia da economia é o varejo. Em relatório divulgado na noite de domingo, a XP Investimento espera o melhor para as empresas, mas os analistas estão preparados para o pior. Em meio ao cenário incerto, eles apontam a preferência por Magazine Luiza (SA:MGLU3), Vivara (SA:VIVA3) e Grupo Pão de Açúcar (SA:PCAR3).

O documento destaca que está claro que uma parte importante dessa desaceleração está relacionada a uma ruptura de curto prazo na demanda em função da quarentena e dos fechamentos de shoppings e de lojas de rua. Das empresas cobertas pela corretora, Lojas Renner (SA:LREN3), Vivara, C&A (SA:CEAB3), Via Varejo (SA:VVAR3) e Magazine Luiza estão com todas as suas lojas fechadas por tempo indeterminado. A dúvida é se o impacto será somente de curto prazo.

A equipe aponta que, com as dificuldades observadas em diversos segmentos (turismo, aviação, serviços, comércios pequenos e médios, etc.), as possíveis implicações negativas da crise podem fazer com que o impacto no consumo seja mais profundo e duradouro do que o esperado. Especialmente tendo em vista a evolução de variáveis-chave como emprego, confiança do consumidor e renda disponível.

Apesar disso, eles indicam que os dados até o momento apontam para um cenário difícil pela frente. Nas três primeiras semanas do mês de março, o índice de confiança do consumidor, divulgado pela FGV, já retornou a níveis observados ao final de 2016, mesmo tendo refletido apenas parcialmente o período de maior restrição.

Dessa forma, a XP está tomando uma posição mais cautelosa em relação ao setor, dada a falta de visibilidade sobre a evolução dos resultados e da geração de caixa das varejistas no curto prazo. Assim, a corretora atualiza as preferências (top-picks) dentro do setor de varejo.

Curto prazo: Empresas de consumo básico. Nesse cenário, eles observam que uma priorização de despesas relacionadas a consumo básico (alimentação e saúde). Com isso, as varejistas desses segmentos não só serão menos impactadas no curto prazo, como também devem mostrar forte aceleração das vendas, seja por estocagem ou por um aumento do consumo em casa. Grupo Pão de Açúcar (Compra).

Logo Prazo: Empresas com longo histórico de alto nível de execução e balanço forte. Em meio à alta incerteza, a preferência é por empresas que tenham capital abundante para passar pelo período mais crítico da crise e que, na visão, no médio prazo estarão melhor posicionadas para ganhar participação de mercado em um cenário de consumo mais restritivo. Magazine Luiza (Compra) e Vivara (Compra).

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