Investing.com - Na parte da manhã desta quarta-feira as ações da Copel (SA:CPLE6)são negociadas com forte valorização, depois de a estatal paranaense reportar que teve lucro líquido de R$ 613,5 milhões no terceiro trimestre, alta de 42,4% na comparação anual, com o resultado da empresa sendo impulsionado por alguns itens extraordinários.
Por volta das 11h33, os papéis avançavam 4,87% a R$ 58,99.
A elétrica, com negócios em geração, distribuição e transmissão, teve um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 1,2 bilhão no período, avanço de 40,5% na comparação anual, segundo balanço divulgado na noite de terça-feira.
De acordo com a Copel (SA:CPLE6), esse resultado é explicado, basicamente, pelos itens não recorrentes referentes à reversão líquida de provisões de impairment no valor de R$ 102,6 milhões (referentes a ativos de geração e telecomunicações).
Além disso, a companhia contou com o resultado do trânsito em julgado da ação em que a distribuidora Compagas discutia a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/Pasep e Cofins, com efeito de R$ 100,9 milhões na receita operacional; e também com resultado positivo de R$ 82,8 milhões referente ao valor justo na compra e venda de energia da Copel (SA:CPLE6) Comercialização.
A receita líquida da companhia caiu 1,3% na comparação com o mesmo trimestre de 2018, para R$ 4,25 bilhões.
Em comunicado separado, a Copel (SA:CPLE6) informou que o conselho de administração aprovou investimento de 2,1 bilhões de reais para 2020, sendo que a área de distribuição ficará com cerca de metade.
O BTG Pactual (SA:BPAC11) avalia que, com seus ativos de geração totalmente operacionais e com bons resultados em seu braço de distribuição, a Copel (SA:CPLE6) está agora no caminho de entregar forte geração de fluxo de caixa daqui para frente, o que poderia ser impulsionado pela venda potencial de seus ativos não essenciais (Telecom e Compagás).
Assim, os analistas acreditam que a Copel (SA:CPLE6) terá espaço para aumentar os dividendos, mantendo a alavancagem sob controle. O preço-alvo, de R$ 56,25, é derivado do DCF e descontado a uma taxa WACC real de 6,09% para o setor de geração e 6,38% para a distribuição. A recomendação segue de compra.
Na visão da Mirae Asset, no geral o resultado ficou acima da expectativa de mercado e novamente surpreendeu positivamente com o forte controle de custos. A corretora espera uma reação positiva a revisão de preço-alvo para patamar superior pelo mercado.