Por Gabriel Codas
Investing.com - As ações da Santos Brasil (SA:STBP3) operam com queda no início da tarde desta quarta-feira na B3, com desempenho inferior ao do Ibovespa hoje. A companhia informou ontem, após fechamento do mercado, que registrou um prejuízo de R$ 9,4 milhões no segundo trimestre de 2020, revertendo lucro de R$ 6,3 milhões de um ano antes.
O resultado veio abaixo da mediana do consenso de mercado. Os analistas previram um prejuízo líquido de R$ 5 milhões.
Por volta das 12h36, os papéis recuavam 4,4%% a R$ 5,21. O Ibovespa tinha queda de 0,33% a 101.841 pontos.
A operadora do porto de Santos informa que o desempenho foi impactado negativamente pela desaceleração da atividade industrial e do consumo no mercado doméstico, reflexo da pandemia do novo coronavírus.
No período, o lucro antes de juro, impostos, depreciação e amortização (Ebtida), somou R$ 42,2 milhões, uma diminuição de 28,1%. A margem Ebtida atingiu 18,8%, baixa de 4,4 pontos percentuais na comparação anual.
Já a receita líquida atingiu R$ 224,8 milhões no período, uma diminuição de 15,1% na comparação com igual período de 2019.
Visão dos analistas
Para a Mirae Asset, o resultado operacional foi mais fraco do que o esperado, impactado pela queda nas vendas principalmente com lojas fechadas e o não evento da antecipação da compra e medicamentos como aconteceu em março/20, antes da pandemia. Como observado, julho/20 já mostrou boa recuperação, mas a corretora ainda não espera recuperação das margens na mesma magnitude.
Balanço
“Além da retração nos volumes, ainda havia o reconhecimento da TUP (tarifa portuária) na receita do segundo trimestre de 2019, o que distorce a comparação anual”, explicou a Santos Brasil.
O lucro bruto totalizou R$ 50,1 milhões no segundo trimestre deste ano.
O volume de contêineres armazenados na Santos Brasil Logística caiu 30,5% no trimestre, também decorrente dos efeitos da Covid-19 na economia brasileira.
O resultado financeiro foi uma despesa de R$ 17,9 milhões, uma elevação de 20,1% sobre o mesmo período de 2019. As despesas somaram R$ 44,3 milhões, uma queda de 6,5%.