A Apple (NASDAQ:AAPL) apresentou nesta terça, 12, em seu principal evento do ano, o Wonderlust, a nova geração do iPhone. A família do iPhone 15 tem quatro novos modelos repetindo a tradição dos últimos anos. No Brasil, os preços podem chegar a até R$ 13,4 mil, caso da versão 15 Pro Max. Ainda não há data para a disponibilidade dos aparelhos no País.
Os novos celulares trouxeram mudanças esperadas há algum tempo pelo mercado, como a entrada de padrão USB-C, mas não surpreenderam muito nas configurações gerais. O modelo chega nas cores preto, rosa, azul, verde e amarelo, excluindo a tradicional versão branca.
Em vídeo pré-gravado no Apple Park, sede da empresa em Cupertino, na Califórnia, o presidente executivo da Apple, Tim Cook, falou sobre os produtos da companhia e também sobre a nova linha de computadores MacBook, que vai passar a contar com um novo processador (M2) desenvolvido pela empresa. O executivo ressaltou que, com os últimos lançamentos, a empresa conseguiu migrar com sucesso para seus próprios chips, deixando de usar os componentes fornecidos até então pela Intel (NASDAQ:INTC).
Com a chegada dos novos celulares, a empresa atualizou o catálogo de aparelhos, e alguns modelos antigos não serão mais vendidos nas lojas oficiais - embora ainda estejam disponíveis no varejo. Deixarão de ser comercializados o iPhone 12, o iPhone 13 mini, o iPhone 14 Pro e o iPhone 14 Pro Max.
Recursos
O iPhone 15 traz a chamada "ilha dinâmica", recurso que reúne no topo da tela o leitor biométrico de rosto (Face ID) e a câmera de selfie, ao mesmo tempo que notificações são integradas ao entalhe da tela. A ferramenta foi lançada no ano passado com o iPhone 14 Pro.
A versão básica do iPhone 15 tem 6,1 polegadas, enquanto o iPhone 15 Plus vem com 6,7 polegadas. Além disso, o iPhone 15 e o irmão Plus trazem tela de 2 mil nits (uma medida de brilho), com promessa de maior luminosidade para o usuário. A câmera principal das versões tradicionais também aumentou. Agora, a lente principal passa a ter 48 megapixels, em comparação aos 12 megapixels da versão passada. A lente de 48 MP já havia sido antecipada para a versão "Pro" do iPhone 14, revelado no ano passado.
A câmera do iPhone 15 vai ter um zoom de 2 vezes na lente telefoto, com maior resolução (12 MP, 52 mm). O recurso também poderá ser utilizado em vídeos.
Nas fotos, não vai mais ser necessário mudar para o modo retrato para fazer uma foto com o fundo desfocado. A partir de agora, o sistema de câmeras do iPhone vai identificar quando é necessário ativar o modo retrato, sem precisar que o usuário selecione manualmente a funcionalidade - que será ativada por meio de aprendizado de máquina. As câmeras frontais devem continuar com a mesma resolução dos celulares do ano passado, de 12 MP.
Reciclagem
De acordo com a empresa, o aparelho também é feito com materiais reutilizados: são 75% de alumínio reciclado e 100% de cobalto reciclado na bateria. O iPhone 15 e o iPhone 15 Plus vão trazer o "antigo" processador A16 Bionic, até então exclusivo do iPhone 14 Pro e do iPhone 14 Pro MAX.
Apple muda conector para carregador após pressão da UE
A maior mudança na nova família do iPhone talvez seja a adoção da entrada USB-C, padrão de conexão que já existia em outros eletrônicos e que aparece, pela primeira vez, no produto da Apple. A novidade significa não apenas a troca de porta de carregamento e transferência de dados - é também um símbolo da pressão sofrida pela Apple para adotar um conector que não seja exclusivo da marca.
A mudança ocorreu depois de uma exigência da União Europeia para os dispositivos eletrônicos na região, o que obrigou a Apple a seguir a determinação se quisesse manter seus aparelhos por lá. A medida é uma tentativa de tornar os dispositivos eletrônicos mais sustentáveis, diminuindo a quantidade de componentes necessários, como carregadores de diferentes tipos, por exemplo. Até o iPhone 14, a Apple usava a tecnologia Thunderbolt, com um conector do tipo Lightning, criada pela empresa e que não é utilizada por nenhuma outra fabricante.
Já o USB é um modelo-padrão, que surgiu a partir da união de empresas em busca de uma tecnologia que pudesse atender eletrônicos de diferentes fabricantes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.