SÃO PAULO (Reuters) - Os conselhos de administração da SLC Agrícola (SA:SLCE3) e da Terra Santa (SA:TESA3) aprovaram acordo de incorporação de ações para a combinação dos negócios, formando uma gigante da produção de grãos e oleaginosas no Brasil, informaram as companhias na noite de quinta-feira.
Pelo acordo, as ações da Terra Santa serão incorporadas pela SLC, em uma transação que eleva potencialmente a área de plantio da companhia para cerca de 600 mil hectares, em um momento em que os preços de commodities como soja e milho estão historicamente elevados.
Após a consumação da incorporação de ações, serão emitidas em favor dos acionistas da Terra Santa novas ações ordinárias de emissão da SLC negociadas no segmento do Novo Mercado da B3 (SA:B3SA3), em substituição às ações de emissão da Terra Santa anteriormente detidas por estes.
A transação envolveria valores equivalentes a 750 milhões de reais, informou anteriormente a SLC.
A SLC disse antes que o acordo tem potencial para incrementar em aproximadamente 130 mil hectares sua área de plantio.
A área de plantio da SLC para a safra 2020/21 foi estimada em 468,2 mil hectares, aumento de 4,4% no comparativo anual.
Em preparação à operação, a Terra Santa realizou uma reorganização societária para transferir da Terra Santa para a TS Agro as ações da TS LandCo, todos os imóveis, ativos, obrigações, passivos e direitos a serem segregados (especialmente propriedades rurais e correspondentes benfeitorias), não compreendidos no negócio.
Em linhas gerais, a SLC comprará a empresa que é operadora de terras, enquanto a Terra Santa ficará com a parte que arrendará fazendas à SLC.
Como parte da reorganização, deverá ser obtido perante a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o registro de companhia aberta da TS Agro na categoria A de emissores e ser listada no segmento do Novo Mercado da B3, cujo processo já está em andamento.
(Por Roberto Samora)