Investing.com – Com a proximidade de debate no Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito da correção da remuneração do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), com retomada prevista para esta quarta, 18, analistas avaliam os eventuais impactos para a habitação popular e para construtoras voltadas à parcela de baixa renda.
Segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), se a regra passar a valer, o impacto seria “dramático” para a habitação popular e empregos gerados. Os financiamentos do FGTS para as famílias que participam do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) teriam aumento de até 3 pontos percentuais, de acordo com a entidade.
Em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, o Itaú BBA aponta que enxerga uma assimetria positiva nas ações relacionadas. “Os investidores podem preferir esperar pela audiência de quarta-feira, uma vez que as ações podem sofrer no caso de uma decisão de mudança, mas devem ter em mente que um potencial adiamento (não improvável) pode desencadear uma recuperação de alívio, como foi visto em abril”, aponta o banco.
Com dois votos a favor da alteração da taxa de juros para TR + 6,17%, um deles do relator, ministro Barroso, o próximo a votar será o ministro Nunes Marques, seguido pelo recém-nomeado ministro Cristiano Zanin.
Segundo o Itaú BBA, caso a mudança for aprovada, entre as alternativas para o fundo está pedir subsídios federais. “Embora consideremos este o cenário menos provável, o pior caso seria nenhuma intervenção do governo e nenhuma mudança no pagamento, exigindo assim uma redução potencial de cerca de 30% no tamanho do programa para fazer com que o retorno total do FGTS se igualasse ao das contas de poupança”, completam os analistas Daniel Gasparete, André Dibe, Mariangela Castro e Alejandro Fuchs.
Assim, o banco decidiu manter classificação outperform em Plano & Plano (BVMF:PLPL3), com preço-alvo de R$12 para 2024, Cury, com preço-alvo de R$22, e MRV (BVMF:MRVE3), com preço-alvo de R$13.
Às 10h50 (de Brasília), as ações da Plano & Plano subiam 3,56%, a R$8,15.
Enquanto isso, as ações da Cury ganhavam 0,53%, a R$15,16.
Os papéis da MRV estavam em alta de 1,22%, a R$9,15.