O Corinthians obteve uma liminar da Justiça Estadual de São Paulo na 2ª feira (02.dez.2024), que suspende por 60 dias as execuções e bloqueios judiciais em suas contas. A decisão tem como objetivo permitir ao clube paulista reorganizar o fluxo e a ordem de pagamentos aos credores. Atualmente, o clube enfrenta possui dívidas que somam R$ 2,4 bilhões. Entre essas dívidas, está um débito de R$ 704 milhões à Caixa Econômica Federal pelo financiamento da Neo Química Arena.
A torcida organizada Gaviões da Fiel lançou uma campanha de arrecadação online para ajudar no pagamento da dívida do estádio. Até o momento, a iniciativa arrecadou R$ 24.121.348,21. O clube também solicitou à Justiça a inclusão no RCE (Regime Centralizado de Execuções), buscando negociar suas dívidas de forma coletiva com os credores.
“A medida visa organizar o fluxo e a ordem de pagamentos dos credores, justamente para que todos possam receber, sem que ocorram bloqueios sucessivos nas contas bancárias do clube. Em até 60 dias deverá ser apresentado um plano de pagamentos, contemplando todos os credores”, afirmou o clube em nota.
Ao longo do ano, as contas do Corinthians sofreram diversos bloqueios judiciais, ultrapassando R$ 50 milhões. Um dos bloqueios foi R$ 19 milhões em favor da Pixbet, devido ao não pagamento de uma multa por quebra de contrato.
A penhora, realizada pela 43ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), veio à tona na última 4ª feira (27.nov.2024), quando o processo deixou de estar sob sigilo, cerca de R$ 12,4 milhões — bloqueada em contas da Caixa Econômica Federal vinculadas ao financiamento da Neo Química Arena. Vale destacar que o valor bloqueado das contas vinculadas ao financiamento não estão ligados a vaquinha que está sendo feita pela torcida organizada do clube.