Setor químico elogia pacote para enfrentar tarifaço, mas pede maior defesa comercial

Publicado 15.08.2025, 08:05
Atualizado 15.08.2025, 08:10
© Reuters.

(No texto publicado na véspera, entidade corrigiu moeda a partir do 4º parágrafo para dólares, não reais)

SÃO PAULO (Reuters) - A indústria química brasileira classificou como "passo importante" o anúncio do conjunto de medidas do governo federal para apoiar empresas do país atingidas pela tarifa de importação de 50% dos Estados Unidos contra produtos do Brasil, que entrou em vigor neste mês.

O plano, apresentado na véspera pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "dialoga com demandas históricas do setor químico e de seus principais clientes", afirmou a Abiquim em comunicado à imprensa nesta quinta-feira.

Mas o setor aproveitou para cobrar do governo medidas auxiliares como a aprovação de direitos provisórios antidumping que estão em análise na Câmara de Comércio Exterior há meses; a renovação e a inclusão de novos produtos químicos na lista de desequilíbrios comerciais conjunturais do Mercosul; e a aprovação no Congresso do Programa Especial de Sustentabilidade da Indústria Química (Presiq).

Segundo a entidade, dos 700 produtos inicialmente incluídos no tarifaço de Donald Trump contra o Brasil, cinco foram excluídos das novas tarifas. Esses cinco produtos representam cerca de US$1 bilhão em exportações do setor aos EUA.

A Abiquim afirmou que identificou outros 90 produtos que representam outros US$500 milhões em exportações anuais do setor que poderiam ser excluídos das tarifas norte-americanas se "avanços rápidos nas negociações diretas entre os governos brasileiro e americano" forem obtidos.

O setor não espera impactos imediatos em mão-de-obra na indústria química, disse a Abiquim, citando que os trabalhadores são altamente qualificados e por isso há uma tendência de que os efeitos do tarifaço sejam sentidos "de forma mais lenta".

"A dimensão inédita do pacote exige acompanhamento para avaliar se será suficiente ou se será necessária uma segunda fase", disse a Abiquim citando o plano Brasil Soberano.

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