Por Ana Carolina Siedschlag
Investing.com - As ações da Cosan (SA:CSAN3) subiam 1,71% e figuravam entre as maiores altas do Ibovespa nesta sexta-feira (12) após a companhia registrar lucro líquido de R$ 620,2 milhões no quarto trimestre de 2020, queda de 21,8% na base anual.
Perto das 13h40, os papéis eram negociados a R$ 87,96, com volume de R$ 104,5 milhões. A ação acumula alta de 8,72% nos últimos trinta dias e de 7,26% nas últimas 52 semanas.
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Para os analistas da Mirae Asset, o resultado ficou acima das expectativas, principalmente pelo desempenho da Cosan, Compass (SA:PASS3) e Moove. A corretora continua otimista com a empresa e com os negócios de açúcar e etanol, além da recuperação nos demais segmentos.
Eles escreveram, em relatório, que o guidance da empresa para o ano de 2021 mostrou crescimentos em praticamente todos os segmentos da empresa e em linha com a expectativa de mercado.
Já a Ativa Investimentos apontou que o maior destaque ficou por conta da operação de açúcar, cujas vendas mais que triplicaram, enquanto as receitas quadruplicaram diante de maior moagem e nível de preços.
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O EBITDA de renováveis cresceu de maneira contundente, escreveram os analistas, por conta dos maiores preços médios de etanol, enquanto a venda de energia elétrica caiu por conta de menores preços no mercado spot, o que desmotiva a compra de bagaço de terceiros.
Sobre o mercado de distribuição de combustíveis, os analistas elogiaram a tendência de recuperação, ainda que haja uma considerável defasagem operacional e financeira em relação ao período pré-Covid.
Para a Ativa, os movimentos de reorganização societária, bem como as recentes aquisições anunciadas, como a compra da Biosev (SA:BSEV3) e o anúncio de novas estratégias envolvendo a operação nos mercados de transportes de combustíveis, podem deixar a empresa em uma posição mais confortável para a retomada.
Já para o Goldman Sachs, apesar do resultado em linha com o esperado, a recomendação para o papel continua sendo Neutra, com preço-alvo de R$ 78,80 por ver riscos relacionados à recuperação mais lenta da economia, à desvalorização do real, a alta nos preços do petróelo, além de uma possível interferência do governo nos preços dos combustíveis.