Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - O balanço do segundo trimestre da CSN (BVMF:CSNA3) veio em linha com o esperado, segundo o Itaú BBA. A empresa precisou equilibrar a queda nos preços do minério de ferro com custos mais elevados, enquanto a divisão de aço foi afetada por embarques menores. Assim, o banco de investimentos considera que apesar dos números não terem trazido surpresas, o resultado também não pode ser considerado positivo.
Às 11h43, as ações da CSN caíam 0,25%, a R$ 15,89. No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,18%, a 113.236 pontos.
A CSN reportou um Ebitda de R$ 3,26 bilhões no 2T33, uma queda de 31% no trimestre, o que já era esperado pelo Itaú BBA. Os resultados de mineração também foram mais fracos, com Ebitda de R$ 931 milhões, causado por preços mais baixos de minério de ferro e custos mais altos, superando os volumes mais elevados.
Os preços do minério de ferro praticados no trimestre foram de US$ 72 a tonelada, após uma queda de 3% nos preços de referência globais e um impacto negativo do sistema de preços, explica o banco de investimentos.
O Itaú BBA destaca que a divisão de aço da CSN também teve um Ebitda menor, uma vez que o aumento de 5% nos preços domésticos do aço não foi suficiente para compensar custos mais altos e embarques mais baixos.
A Dívida líquida/Ebitda aumentou para 1,3x, acima da meta de alavancagem financeira de 1,0x, mesmo sem considerar os R$ 3 bilhões para a aquisição da CEEE-G e R$ 5 bilhões para a Lafarge, aponta o Itaú BBA.
O custo do C1 aumentou US$ 0,9/t no trimestre, para US$ 24,3/t, principalmente devido aos maiores custos de combustível. Com isso, o Itaú BBA destacou de forma negativa a mudança no guidance da CSN, que elevou o C1 de US$ 18/t para US$ 20-22/t e reduziu a produção de 39-41 kt para 36-38 kt.
O Itaú BBA manteve a sua recomendação market perform sobre as ações da CSN, com preço-alvo em R$ 23.