A Cury Construtora e Incorporadora (BVMF:CURY3) encerrou o terceiro trimestre de 2022 com lucro líquido de R$ 89,9 milhões, um aumento de 33,4% em comparação com o mesmo período de 2021, conforme balanço publicado há instantes.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado chegou a R$ 121,3 milhões, crescimento de 39,6% na mesma base de comparação anual. A margem Ebitda ajustado foi de 19,4%, alta de 0,4 ponto porcentual.
A Cury teve receita líquida de R$ 626,7 milhões, o que representa expansão de 37,3%. A companhia também reportou margem bruta ajustada de 37,5%, queda de 1 ponto porcentual. Os dados no critério 'ajustado' excluem efeitos de juros capitalizados.
A melhora nos resultados da construtora são reflexo do avanço dos lançamentos e das vendas ao longo dos últimos trimestres, com aumento expressivo da receita e alguma diluição de custos.
As despesas comerciais cresceram 24%, para R$ 59,4 milhões. Elas representaram 9,5% da receita líquida ante 10,5% no mesmo período do ano anterior. As despesas gerais e administrativas atingiram R$ 49,4 milhões, um acréscimo de 58,3%. Elas foram equivalentes a 7,9% da receita líquida, ante 6,8% de um ano antes.
O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) ficou negativo em R$ 4,6 milhões contra resultado negativo de R$ 1 milhão um ano antes.
A Cury chegou ao fim do terceiro trimestre com um caixa líquido de R$ 178,9 milhões, fruto de uma dívida bruta de R$ 456,0 milhões perante um caixa de R$ 634,9 milhões.
A companhia apresentou geração de caixa operacional positiva de R$ 65,1 milhões. Além disso, contava com R$ 978,3 milhões em vendas de imóveis a apropriar, com uma margem bruta estimada de 42,1%, avanço de 3 pontos porcentuais.
Em sua apresentação de resultados, a direção da Cury afirmou que está otimista com o futuro. "Olhando já para 2023, as nossas estimativas nos direcionam para um ano com resultados superiores ao de 2022", afirmou.
A direção da empresa avaliou que as alterações implementadas no programa Casa Verde e Amarela ao longo dos últimos meses foram boas notícias para os seus clientes, que tiveram acesso a melhores taxas e maiores prazos de financiamentos. Além disso, o ambiente inflacionário está mais ameno.
"Começamos a sentir essas melhorias de forma gradual em nossos estandes de vendas. A demanda continuou forte, garantindo velocidade de vendas dos últimos doze meses acima de 70%, mesmo com reajustes nos preços das unidades. Tivemos performance surpreendente tanto em São Paulo, quanto no Rio de Janeiro", descreveu a direção.
Como exemplo da velocidade de vendas alta, a companhia citou o caso do empreendimento Urban Tatuapé, lançado em julho em São Paulo, com valor geral de vendas (VGV) de R$ 186 milhões e 767 unidades - 95% delas já vendidas. Outro caso foi o do Square Panamby, também na capital paulista, lançado em setembro com VGV de R$ 174 milhões e 662 unidades vendidas - 55% vendidas. Já no Rio, o exemplo citado foi do empreendimento My Jacarepaguá, lançado em outubro e que já teve 51% das 464 unidades vendidas.
A Cury anunciou que deve ter um volume de lançamentos menor neste quarto trimestre com o objetivo de evitar "períodos de maiores incertezas, como as eleições e a Copa do Mundo", que poderiam tirar a atenção e reduzir a quantidade de visitas aos estandes.