Investing.com - A Embraer (SA:EMBR3) será investigada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em um processo administrativo sancionador sobre o fato relevante divulgado pela companhia sobre a joint-venture com a Boeing. As informações são da edição desta segunda-feira do Valor Econômico.
A suspeita é que o documento tenha sido incompleto e teria induzido investidores ao erro. Dessa forma, o diretor de relação com os investidores, Nelson Krahenbuhlv, é acusado no caso.
A fabricante brasileira divulgou fato relevante informando a criação da empresa com a Boeing, em que teria participação minoritária de 20%. No documento, a empresa informa aos acionistas que celebrou um memorando de entendimentos, de caráter preliminar e não vinculante com a Boeing e em que foram estabelecidas premissas básicas do acordo.
No entendimento da CVM, apesar do comunicado não trazer informações que contrariem o memorando de entendimentos, faz menção genérica a direitos de governança e de veto detidos pela Embraer.
Dessa forma, a acusação é que o documento não informou se o propósito da companhia seria apenas o recebimento de dividendos. Além disso, o fato relevante não sinalizou que a Embraer não indicará qualquer administrador da companhia batizada de NewCo, a despeito de possuir de 20% da joint venture. Então, o regulador entende que o documento não representa um retrato objetivo da transação.
Raquel Passarelli de Souza Toledo de Campos, procuradora federal, entende que, da forma que o comunicado foi feito, diminuiu a importância do fato da Embraer terá meios bastante limitados de influir na condução operacional da NewCo.
Vendas em 2018
Em comunicado divulgado ao mercado nesta segunda-feira, a Embraer anunciou entrega 181 jatos em 2018. Foram 90 jatos comerciais, dentro da estimativa de 85 a 95 unidades, enquanto outros 91 foram de aviões executivos. O resultado para a aviação executiva ficou abaixo da previsão de 105 a 125.
*Com Reuters