Cyrela vê ROE estável após 2024 melhor que esperado, diz copresidente

Publicado 21.03.2025, 16:25
Atualizado 21.03.2025, 16:30
© Reuters

SÃO PAULO (Reuters) - A Cyrela (BVMF:CYRE3) não espera crescimento em sua taxa de retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), que alcançou 20,9% no quarto trimestre do ano passado, afirmou o copresidente-executivo da construtora Raphael Horn nesta sexta-feira.

Segundo o executivo, o ROE da empresa foi uma surpresa. "Não achava que a gente ia dar 20% de ROE... É melhor do que a gente esperava. Acho que não dá pra ficar agora dobrando a meta, esse número está bom", afirmou. Um ano antes, o ROE foi de 13,5%.

Os comentários foram feitos em teleconferência com analistas nesta sexta-feira, após a divulgação de balanço trimestral da incorporadora, na noite da véspera.

A Cyrela apresentou lucro líquido de R$497 milhões no quarto trimestre e de R$1,65 bilhão no acumulado de 2024, dobrando seu lucro trimestral no comparativo anual e aumentando o resultado do ano em 75% ante 2023.

Analistas do Itaú BBA e do Santander (BVMF:SANB11) definiram os resultados trimestrais como "impressionantes", embora a equipe do Itaú (BVMF:ITUB4) tenha afirmado que o desempenho era esperado.

A alavancagem da companhia medida pela relação entre dívida líquida ajustada e patrimônio líquido ajustado teve uma leve diminuição para 10,3% no trimestre encerrado em dezembro, de 10,7% no quarto trimestre de 2023.

"Não temos planos de aumentar essa alavancagem deliberadamente", acrescentou o diretor financeiro da companhia, Miguel Mickelberg, na teleconferência. "Se aumentar, é por conta do crescimento normal da operação."

Os executivos da incorporadora também disseram ver espaço para a empresa crescer no segmento de baixa renda, com a marca econômica Vivaz. Em 2024, a divisão representou apenas 3% das vendas do grupo.

"A gente já estava pouco a pouco crescendo a Vivaz, mas sem ambição de ser ’gigante’ na Vivaz ou de chegar no patamar dos nossos sócios (Cury e Plano&Plano)", disse Horn.

O copresidente também sinalizou maior cautela na aquisição de terrenos. "Para terrenos, a gente não está tão animado porque o (cenário) macroeconômico exige cautela com o juros no patamar atual."

Por volta das 16h, as ações da Cyrela subiam 0,67%, a R$24,01, enquanto o Ibovespa, índice de referência da bolsa brasileira, tinha variação negativa de 0,05%.

O Itaú BBA tem preço-alvo de R$27,5 para o papel da Cyrela ao final de 2025, enquanto o Santander vê um patamar de R$36.

 

(Reportagem de Patricia Vilas Boas; )

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