Investing.com – O resultado preliminar de vendas líquidas nos dois primeiros meses do segundo trimestre da MRV (BVMF:MRVE3) foi elogiado por analistas, com indicadores considerados robustos apesar dos aumentos contínuos nos preços.
Às 11h10 (de Brasília), as ações da MRV subiam 2,20%, a R$12,09.
Em comunicado ao mercado, a MRV informou que no comparativo da média mensal de abril e maio contra a média do primeiro trimestre, houve elevação de 21% no VGV vendido e de 3,7% no ticket médio. Em relação à média mensal do 2T22, a alta chegou a 48% no volume vendido e de 20% no ticket médio.
Segundo a XP Investimentos (BVMF:XPBR31), o destaque do resultado preliminar foi a alta do tíquete médio, com elevação de 20% em relação ao ano anterior e de 4% frente ao trimestre anterior, conforme relatório divulgado ao mercado.
De acordo com o analista Ygor Altero, o sólido crescimento das vendas líquidas é encorajador e impulsiona as projeções para indicadores operacionais no segundo trimestre deste ano.
“As vendas líquidas podem chegar a +20,5% em relação às nossas estimativas no 2T23 se as vendas mensais se mantiverem conforme relatado em abril e maio. Em termos de preços, vemos o contínuo crescimento no preço médio por unidade vendida como positivo, mantendo um volume aparentemente saudável de vendas líquidas e reforçando a capacidade de precificação da empresa”, detalha.
A XP possui recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de R$17.
Também em relatório, o Santander (BVMF:SANB11) concorda que os dados operacionais vieram robustos, alavancados pelas vendas contratadas robustas e altas no preço médio das unidades vendidas.
Conforme os analistas Fanny Oreng, Antonio Castrucci e Matheus Meloni, as boas perspectivas são motivadas pela aceleração de vendas contratadas, com melhores preços e margens, além de potenciais melhorias no programa governamental Minha Casa Minha Vida, o que também foi citado pela XP.
O banco Santander reforçou a classificação outperform para MRV, com preço-alvo de R$15. O valuation é considerado atrativo, com negociação 54% abaixo dos pares e 29% abaixo da média histórica da empresa.