O grande destaque da 6ª rodada de concessão de aeroportos, promovida nesta quarta-feira, foi a CCR (SA:CCRO3), que arrematou dois dos três blocos ofertados. Segundo o presidente da CCR, Marco Cauduro, o horizonte continua positivo mesmo em meio à crise gerada pela pandemia.
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"A pandemia pouco explica a trajetória de demanda nos próximos 30 anos. Estamos comprometidos com a agenda de infraestrutura do Brasil", disse o executivo em coletiva de imprensa nesta quarta-feira.
Com um ágio de 9.156% no bloco Central e 1.534% no Sul, e lances somados de mais de R$ 2,8 bilhões no leilão, o presidente da CCR garantiu que a empresa está preparada e com fôlego para assumir essas obrigações. "Ágio nada mais é do que a possibilidades de desenvolvimento do negócio e nosso apetite para leilões em nada afeta a capacidade de execução do planejamento estratégico."
Ele acrescentou que a companhia continua com ambições em rodovias e está preparada para o futuro. "O grupo CCR tem um balanço financeiro extremamente sólido, é listado em bolsa e tem amplo acesso a diversos tipos de financiamento. Não vemos nenhuma dificuldade de financiar essas concessões", garantiu.
A presidente da CCR Aeroportos, Cristiane Gomes, disse que nenhum aeroporto é um "patinho feio" e que o grupo irá trabalhar para melhorias e avanços de todas as concessões. "No bloco Sul, estudamos inclusive a possibilidade de atrair novas companhias aéreas, com novas rotas."