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Investing.com - Uma disputa entre os Países Baixos e a China sobre a propriedade e controle da fabricante de chips Nexperia não é apenas sobre governança, mas representa "um alerta para cadeias de suprimentos globais", segundo Sapna Amlani, Diretora de Cadeia de Suprimentos da empresa de serviços financeiros Moody’s Corporation.
O conflito levou a uma escassez de chips da Nexperia que afetou cadeias de suprimentos automotivas em todo o mundo, interrompeu a produção e fez com que alguns clientes colocassem funcionários em licença temporária. Os chips básicos da empresa de propriedade chinesa e sediada nos Países Baixos são amplamente utilizados em produtos que vão desde computação até aplicações de consumo.
O Ministro de Assuntos Econômicos holandês, Vincent Karremans, assumiu o controle da Nexperia no final de setembro devido a preocupações de que a Wingtech, empresa controladora da Nexperia, pudesse optar por transferir as operações da empresa dos Países Baixos para a China. Os Países Baixos argumentaram que tal mudança poderia representar uma ameaça à segurança econômica europeia.
Pequim posteriormente respondeu bloqueando as exportações de chips acabados da Nexperia, que são principalmente embalados na China, no início de outubro.
No domingo, o Ministério do Comércio da China disse que concedeu isenções para chips da Nexperia destinados a aplicações civis, aliviando preocupações sobre pressões adicionais na escassez de suprimentos para a indústria automotiva. O ministério acrescentou que a China "recebe com satisfação" que a União Europeia "continue usando sua influência para instar os Países Baixos a retificar prontamente suas ações errôneas".
Algumas empresas alemãs e japonesas informaram que as entregas de chips fabricados na China pela Nexperia foram retomadas, segundo a Reuters.
Em um comunicado, Amlani da Moody’s disse que a disputa representa mais do que uma "interrupção temporária".
"Isso sinaliza um risco estrutural: decisões geopolíticas podem remodelar instantaneamente a economia de fornecimento. Mesmo com a China flexibilizando as restrições, violações de governança e preocupações com qualidade persistem. Riscos futuros podem vir de controles mais rígidos da UE ou medidas retaliatórias de Pequim", escreveu Amlani.
Amlani acrescentou que as equipes de compras deveriam agora considerar explorar "estratégias de múltiplas fontes de fornecimento" para reduzir a dependência de fornecedores específicos, observando que "agir mais cedo em vez de mais tarde pode ajudar a mitigar futuras interrupções". Incorporar verificações de propriedade e conformidade ao integrar fornecedores pode ajudar a fortalecer a governança, enquanto planejar potenciais volatilidades em custos ou fornecimento poderia considerar mudanças regulatórias, disse Amlani.
"O panorama mais amplo? As cadeias de suprimentos estão mudando de orientadas pela eficiência para orientadas pela resiliência. Empresas que agirem agora — diversificando, digitalizando e testando suas redes sob estresse — provavelmente estarão melhor posicionadas quando a próxima linha de falha geopolítica surgir", afirmou Amlani.
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