Por Senad Karaahmetovic
As ações da DocuSign (NASDAQ:DOCU) (BVMF:D1OC34) subiam mais de 8% nesta sexta-feira pela manhã em Nova York, após a empresa de assinaturas de documentos digitais divulgar resultados acima das expectativas para o 2º tri e elevar suas projeções de faturamento para todo o ano.
A DOCU apurou um LPA de US$ 0,44 sobre uma receita de US$ 622,2 milhões, acima do consenso de US$ 0,42 sobre uma receita de US$ 602,4 milhões. O faturamento foi de US$ 647,7 milhões, uma alta de 8.8% a/a, acima da estimativa de US$ 602,9 milhões.
“Obtivemos sólidos resultados no 2º tri, encerrando o primeiro semestre do ano com força. Esses resultados refletem o foco e a dedicação da nossa equipe em relação à execução durante esse período de transição, com uma base mais forte em vigor para entregar bons resultados no segundo semestre do ano”, declarou Maggie Wilderotter, CEO interina e presidente do conselho da DocuSign.
Para este ano, a companhia projeta uma receita na faixa de US$ 624 a 628 milhões, acima do consenso de US$ 625 milhões. A perspectiva de faturamento da companhia para o 3º tri é de US$ 589 milhões, no ponto intermediário da faixa, abaixo da estimativa dos analistas de US$ 600,8 milhões.
Em bases anuais, a DocuSign disse que espera gerar uma receita entre US$ 2,47 e 2,48 bilhões, acima do consenso de US$ 2,47 bilhões. O faturamento deve ficar na faixa de US$ 2,55 a 2,57 bilhões, uma alta em relação à previsão anterior de US$ 2,52 a 2,54 bilhões e melhor do que a estimativa de US$ 2,53 bilhões.
Um analista da Evercore ISI continua cauteloso com as ações da DOCU, apesar dos sólidos resultados.
“Embora acreditemos que os resultados e as projeções forneçam suporte para as ações, acreditamos que levará algum tempo para a que confiança seja reconquistada na taxa de crescimento ‘normalizada’ da DOCU. Além disso, até que um novo CEO seja anunciado e a projeção para o EF24 seja fornecida, acreditamos que há oportunidades de risco/retorno mais atraentes no segmento de software mais amplo”, declarou em nota aos clientes.
Um analista do Piper Sandler reiterou a classificação de underweight (abaixo da média) e o preço-alvo de US$ 54 por ação após os resultados mostrarem “um copo meio vazio”.
Notamos uma desaceleração das tendências de aquisição de novos clientes, NRR abaixo da faixa histórica, expectativas de receita e faturamento reduzidas em bases líquidas para o segundo semestre, preenchimento recente de quase todos os cargos de administração, fraqueza macro em verticais-chave, com piora dos fundamentos no fim do trimestre e corte de custos antes da entrada do novo CEO. Além disso, acreditamos que qualquer deterioração contínua no ambiente macro pode ter um impacto mais profundo nas perspectivas de crescimento da companhia”, escreveu em nota aos clientes.