O dólar opera em alta ao redor de 1,50% na manhã desta segunda-feira, 19, à casa de R$ 5,19 no mercado à vista, acompanhando a tendência de valorização no exterior. Com a agenda interna menos intensa hoje e nos próximos dias - o destaque é o IPCA-15 de julho na sexta -, a influencia dos ativos internacionais tende a prevalecer nos ajustes dos mercados locais.
O recesso no Congresso até 31 de julho retira boa parte da pressão política sobre os ativos, mas o investidor deve seguir atento às movimentações no Poder Executivo. O presidente Jair Bolsonaro já teve alta médica ontem e retoma a agenda de despachos hoje. Ele sinalizou que pode vetar o fundo eleitoral de cerca de R$ 6 bilhões aprovado pelo Congresso na semana passada.
Os investidores reforçam posições defensivas diante da aversão a risco internacional que derruba os preços de commodities metálicas, petróleo e bolsas, diante da piora da disseminação da variante delta do coronavírus pelo mundo e após acordo da Opep+ para aumentar a produção de petróleo em 400 mil barris por dia, já a partir de agosto. O temor é de que um recrudescimento maior da pandemia de covid-19 prejudique a retomada da economia global. Na pesquisa Focus, divulgada mais cedo pelo Banco Central, a projeção para a inflação em 2021 se distanciou ainda mais do teto da meta perseguida pela autoridade monetária (5,75% ao ano). Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA este ano de alta de 6,11% para 6,31%. Há um mês, estava em 5,90%. Na esteira dos dados mais recentes de inflação, os economistas também alteraram suas projeções para a Selic no fim de 2021, de 6,63% para 6,75% ao ano (mediana). Há um mês, estava em 6,50%.
Às 9h23 desta segunda, o dólar à vista subia 1,43%, a R$ 5,1883, enquanto o dólar futuro de agosto ganhava 1,46%, a R$ 5,1955. No exterior, o índice DXY subia 0,32%, a 92,980 pontos. O euro recuava a US$ 1,1707, de US$ 1,1808 e a libra cedia a US$ 1,3705, de US$ 1.3764. O juro da T-Note 10 anos caía a 1,2204%, ante 1,300% na tarde de sexta.