SÃO PAULO (Reuters) - A rede de varejo farmacêutico RD (SA:RADL3) decidiu não repassar o reajuste anual nos preços de todos os medicamentos previsto para o começo de abril, ressaltando o atual contexto de crise gerada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
"Como medida de apoio à população neste momento de crise, a rede decidiu não repassar o reajuste anual", afirmou a dona das bandeiras Droga Raia e Drogasil, em comunicado nesta segunda-feira, citando ainda a contratação de 2 mil funcionários.
No começo do mês, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) definiu o Fator de Ajuste de Preços Relativos Entre Setores (Fator Y) em 1,20%, o que permite reajustes de 3,23% a 5,21% a partir de 1º de abril, de acordo com cálculos do Sindusfarma.
A RD também começará na próxima semana, em parceria com o poder público, a aplicação da vacina contra a gripe pelo SUS em suas lojas, de forma gratuita. A parceria começa em São Paulo e no Pará, mas há conversas para estender a outros Estados.
Outra medida foi o aumento dos estoques de medicamentos isentos de prescrição (OTC), entre o fim de janeiro e fevereiro, antecipando o movimento que tradicionalmente acontece na rede em março.
"Desde janeiro estamos atuando em uma verdadeira operação de guerra para garantir que nossos clientes e toda a sociedade encontrem as nossas lojas abertas nos 23 Estados onde atuamos e os medicamentos que necessitem", disse o presidente da RD, Marcílio Pousada, em nota.
A empresa disse que mantém seus planos de investimento inalterados. "A RD seguirá com a abertura de 240 lojas que eram previstas para 2020 e continuará investindo na digitalização de suas operações."
(Por Paula Arend Laier)