BBAS3: Por que as ações do Banco do Brasil sobem hoje?
Investing.com – Os mercados financeiros globais se preparam para o dia 2 de abril, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve anunciar uma nova rodada de tarifas com potencial para redefinir relações comerciais estabelecidas há décadas.
Analistas apontam que o evento pode marcar uma escalada importante nos esforços da administração Trump para reequilibrar a posição comercial dos EUA — uma prioridade desde o início do seu segundo mandato.
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Trump, que tem se referido à data como o “dia da libertação”, deve anunciar tarifas adicionais contra tanto aliados quanto adversários comerciais, em muitos casos com alíquotas equivalentes às barreiras tarifárias enfrentadas pelos exportadores americanos.
O governo indicou que ao menos 15 países podem ser alvo das medidas, embora uma reportagem do Wall Street Journal tenha sinalizado um número maior de nações sob avaliação. Segundo o jornal, Trump estuda a aplicação de uma tarifa fixa de 20% sobre produtos oriundos de países com os quais os EUA registram déficit comercial.
Na semana passada, o presidente já havia anunciado tarifas sobre veículos importados, cumprindo promessa de penalizar a entrada de carros e caminhonetes leves estrangeiros. Estrategistas alertaram que a medida pode pressionar os preços internos dos automóveis, ainda que Trump tenha afirmado no fim de semana que “não está nem um pouco preocupado” caso os aumentos sejam repassados ao consumidor.
Trump defende que as tarifas são uma ferramenta para corrigir desequilíbrios comerciais, gerar receitas capazes de compensar cortes tributários e fomentar a reindustrialização dos EUA.
Dados econômicos no radar
Além das questões comerciais, o mercado acompanha a divulgação de importantes indicadores esta semana, com destaque para o relatório oficial de emprego referente a março.
A expectativa é de que a economia americana tenha criado 139 mil vagas no mês, abaixo das 151 mil registradas em fevereiro. A taxa de desemprego deve permanecer em 4,1%, repetindo o nível do mês anterior.
Antes da divulgação do payroll na sexta-feira, serão apresentados dados de contratações no setor privado, abertura de vagas e atividade no setor industrial.
Tensões pesam sobre os mercados e inflação surpreende
Os principais índices acionários de Wall Street encerraram a semana passada em queda, refletindo o aumento das preocupações com os efeitos das tarifas sobre o crescimento econômico e as pressões inflacionárias.
Os gastos do consumidor cresceram abaixo do previsto em fevereiro, enquanto uma métrica de preços subjacentes avançou no ritmo mais forte em 13 meses. Além disso, as expectativas de inflação para os 12 meses seguintes atingiram o maior nível em quase dois anos e meio, segundo pesquisa divulgada na sexta-feira.
“A ameaça tarifária já gera preocupações com alta de preços que pode reduzir o poder de compra das famílias. Soma-se a isso o temor com os cortes orçamentários promovidos pelo Departamento de Eficiência Governamental e seus impactos sobre o emprego e benefícios sociais”, destacaram analistas do ING em nota a clientes.
O que dizem os analistas sobre as ações americanas
- J.P. Morgan: “Se os mercados continuarem pressionados nos próximos meses pelo difícil equilíbrio entre crescimento e política econômica, os mercados internacionais também sentirão os efeitos — embora, historicamente, apresentem menor volatilidade relativa em momentos de instabilidade.”
- Morgan Stanley (NYSE:MS): “O anúncio das tarifas recíprocas em 2 de abril deve oferecer maior clareza sobre os países e setores afetados, mas provavelmente servirá mais como ponto de partida para novas negociações do que como um desfecho definitivo. A incerteza política e os riscos ao crescimento devem persistir — o debate será sobre intensidade.”
- Citi: “Incorporamos fatores políticos e macroeconômicos em nosso modelo. O nível de 5.500 pontos para o S&P 500 oferece uma boa relação risco-retorno, pois marca o ponto de divisão entre nossos cenários-base e pessimista. O desafio está no aumento das preocupações com recessão, parcialmente compensadas pela resiliência das grandes empresas de tecnologia.”
- RBC Capital Markets: “Com os investidores em ações buscando sinais sobre se a deterioração do sentimento do consumidor já impacta os dados concretos, passamos a última semana analisando transcrições de conferências de companhias do Russell 3000 com atuação no setor de consumo. As informações sugerem que os consumidores ainda estão gastando, mas ajustando suas preferências — o que reforça a ideia de que o sentimento já influencia mudanças de comportamento e recuos em algumas categorias.”
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