Por Manas Mishra
(Reuters) - A eficácia da vacina da Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34) e da BioNTech (NASDAQ:BNTX) na prevenção de infecções pelo coronavírus caiu de 88% para 47% seis meses após a segunda dose, de acordo com dados publicados nesta segunda-feira que foram avaliados pelas agências sanitárias dos Estados Unidos na decisão sobre a necessidade de doses de reforço.
Os dados, que foram publicados na revista médica Lancet, haviam sido divulgados anteriormente em agosto, antes de revisão por pares.
A análise mostra que a eficácia da vacina na prevenção de hospitalização e morte continua alta, em 90%, por pelo menos seis meses, mesmo contra a variante Delta do coronavírus, que é altamente contagiosa.
Os dados sugerem que a queda na prevenção de casos sintomáticos se dá por conta da diminuição da eficácia, e não por conta de variantes mais contagiosas, disseram os pesquisadores.
Cientistas da Pfizer e da operadora de planos de saúde Kaiser Permanente estudaram os registros de saúde de cerca de 3,4 milhões de pessoas que eram membros da Kaiser Permanente do sul da Califórnia entre dezembro de 2020 --quando a vacina se tornou disponível pela primeira vez-- e agosto de 2021.
"Nossa análise específica das variantes claramente demonstra que a vacina (Pfizer/BioNTech) é eficaz contra todas as variantes, incluindo a Delta", disse Luis Jodar, vice-presidente sênior e diretor médico da divisão de vacinas da Pfizer.
A eficácia da vacina contra a variante Delta foi de 93% após o primeiro mês, caindo para 53% após quatro meses. Contra outras variantes do coronavírus, a eficácia caiu de 97% para 67%.
(Reportagem de Manas Mishra em Bengaluru)