A Eldorado Brasil registrou lucro líquido de R$ 15 milhões no primeiro trimestre de 2021, revertendo prejuízo líquido de R$ 865 milhões informado um ano antes. Frente ao quarto trimestre, porém, a performance representa queda de 95%. De acordo com a empresa, os resultados foram favorecidos por um ambiente positivo para os produtores de celulose de fibra curta em relação ao balanço oferta-demanda.
"Atrasos de navios e diminuição da disponibilidade de containers, provocados pela aceleração das exportações chinesas no final do ano de 2020, tem gerado restrições na oferta", observa a companhia em comentários que acompanham o informe de resultados.
Já o Ebitda da companhia atingiu R$ 692 milhões no período, registrando um salto de 95% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e alta de 8% ante o quarto trimestre. Com isso, a margem Ebitda recuou de 54,2% em dezembro para 52,9% em março. Em março de 2020, porém, esse indicador estava em 41,5%.
No período, a geração de caixa livre ajustado da Eldorado somou R$ 445 milhões, consideravelmente superior aos R$ 230 milhões de um ano antes. Em um ano, a produtora de celulose também conseguiu reduzir sua alavancagem de 3,15 vezes para 2,82 vezes.
No trimestre, as vendas de celulose da empresa somaram 443 mil toneladas, apontando alta de 7,5% em relação a um ano antes, mas queda de 4,3% em relação ao quarto trimestre. A boa performance ainda superou a produção da companhia, que entre janeiro e março somou 439 mil toneladas, alta de 11,7% em relação a um ano antes, e 5,2% abaixo do quarto trimestre.
A receita líquida da Eldorado somou R$ 1,306 bilhão no primeiro trimestre, com expressiva alta de 52% no comparativo anual e avanço de 11% frente ao trimestre imediatamente anterior, com o preço médio líquido da celulose atingindo US$ 500 a tonelada. Seu custo caixa aumentou 34% ante o quarto trimestre e 24% em relação a um ano antes, para R$ 743/tonelada.