Investing.com - O acordo entre a distribuidora de energia Eletropaulo (SA:ELPL3) e a Eletrobras (SA:ELET3) está muito próximo acontecer, encerrando uma disputa de cerca de anos. Segundo informações da Coluna do Broad, publicada hoje no Estadão, as empresas devem bater o martelo e assinar um acordo muito em breve.
Preliminarmente, as duas empresas já haviam acertado valor de R$ 1,6 bilhão a ser pago pela distribuidora para encerrar a disputa. No entanto, era necessário um entendimento referente a forma que os valores seriam pagos. Segundo o jornal, deve haver uma parcela inicial à vista que giraria entre R$ 300 milhões e R$ 700 milhões. O primeiro valor é o que a distribuidora defende, enquanto o segundo é o pretendido pela estatal.
Com a entrada definida, o restante seria pago em parcelas anuais, a serem pagos em prazo que deve ser menor que os 10 anos inicialmente sinalizados nas primeiras conversas. A forma de pagamento terá impacto importante para as duas empresas. Para Eletrobras, interessa a maior entrada de recursos possível no curto prazo, já que empresa busca reduzir o endividamento.
Para a distribuidora paulista, os compromissos que serão assumidos devem estar de acordo com seu fluxo de caixa, além de não querer atrelar o acordo a a qualquer plano de emissão de ações.
A Eletropaulo fechou o terceiro trimestre de 2017 com mais de 400 milhões de reais em caixa e equivalentes de caixa, segundo o balanço mais recente divulgado pela companhia.
Em paralelo às negociações sobre a dívida, a Eletropaulo tem avaliado a realização de uma oferta primária de ações que poderia levantar até 1,5 bilhão de reais para investimentos em seu plano de negócios, disse a fonte.
A distribuidora anunciou nesta semana que pretende investir 4,94 bilhões de reais entre 2018 e 2022.
A oferta deve envolver ainda uma emissão secundária para que a AES e o BNDES vendam total ou parcialmente suas fatias na Eletropaulo, em uma decisão que dependeria também do preço a ser fixado para a transação, disse a fonte.
"É natural que os dois, AES e BNDES, considerem vender, mais intensamente a AES", afirmou.
O movimento seguiria um posicionamento estratégico global da AES de deixar o setor de distribuição de energia para focar em geração, principalmente com fontes renováveis.
Com Reuters