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RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) pretende participar dos próximos leilões de energia que serão promovidos pelo governo, afirmou nesta quinta-feira a presidente-executiva da companhia, Karla Maciel.
Ela afirmou que a empresa, privatizada em 2024, pretende destinar cerca de 60% de seu orçamento de R$2,6 bilhões até 2029 para os leilões de energia.
De acordo com a executiva, desde a privatização, a Emae já investiu mais de R$140 milhões, montante que deve chegar a R$250 milhões até o fim deste ano.
O governo se esforça para realizar ainda esse ano um leilão de reserva de capacidade de energia, enquanto um leilão de baterias deve ser promovido em seguida, provavelmente no começo de 2026.
"Pretendemos entrar nesses novos leilões, e nessas frentes de novos leilões é que vai ter maior parte dos investimentos, cerca de 60%", afirmou Maciel à Reuters durante o Energy Summit, no Rio de Janeiro.
Praticamente toda a capacidade instalada da Emae, que soma 960,8 MW, está apoiada na geração hídrica e a empresa pretende avançar na geração fotovoltaica. A companhia já tem geração fotovoltaica flutuante operando (cerca de 5 MW) e tem licença para aumentar para 80 MW.
"Aumentar vai ser rápido; chegaremos a isso em um ou dois anos e podemos utilizar as represas que temos como Guarapiranga e Billings", acrescentou.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)