👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Eneva busca sócio para negócio de renováveis, aguarda Petrobras sobre desinvestimentos

Publicado 08.03.2023, 17:12
Atualizado 08.03.2023, 17:15
© Reuters
ENEV3
-
PETR4
-
VALE3
-
SUZB3
-
RECV3
-

Por Letícia Fucuchima

SÃO PAULO (Reuters) - A Eneva (BVMF:ENEV3) está buscando um sócio para desenvolver sua plataforma de energia renovável e pretende conquistar novos contratos para seus projetos termelétricos em um leilão de potência previsto pelo governo para novembro deste ano, disse à Reuters o CFO da companhia, Marcelo Habibe.

As apostas fazem parte do plano estratégico da Eneva de diversificar suas fontes de receita, disse Habibe, acrescentando que a empresa "não vai parar por aí" e continuará olhando para crescimento, como a aquisição do Polo Bahia Terra, cuja negociação foi congelada pela Petrobras (BVMF:PETR4) por 90 dias.

No caso da geração de energia renovável, a Eneva está terminando de erguer o parque solar Futura I, na Bahia, com 670 megawatts (MW) de potência, e procura um sócio para desenvolver outras fases do complexo, que poderia ter sua capacidade instalada até quadruplicada.

"Esse sócio entraria aportando capital, ajudando a desenvolver esses projetos. A gente entra com nossa inteligência de engenharia, de negociação, de implantação de projetos e regulatório", explica Habibe.

Segundo ele, a decisão de trazer um parceiro ocorre em um momento de retornos "muito apertados" para empreendimentos de geração renovável, diante do cenário de oferta abundante de projetos e custos mais elevados. "Um sócio que... tem apetite para retornos mais baixos, que possam ser adequados para ele."

Outro foco da Eneva neste ano será o leilão organizado pelo governo para contratação de reserva de potência elétrica, previsto para ocorrer em novembro. A ideia da companhia é participar do certame com usinas que têm contratos perto do vencimento --Parnaíba I, Parnaíba III e Termofortaleza-- e também com projetos de novas termelétricas.

Para o CFO da companhia, a demanda deste leilão deve superar a oferta de projetos, de maneira que haverá espaço para que a companhia possa conquistar novos contratos e viabilizar a expansão de seus complexos termelétricos, principalmente da Celse (SE), adquirida no ano passado por 6,1 bilhões de reais.

O Ministério de Minas e Energia ainda não lançou diretrizes para o leilão de novembro, mas se forem mantidas as regras do certame passado, as térmicas contratadas receberiam uma receita fixa pela disponibilidade dos ativos e também uma variável, de acordo com a geração realizada.

Avanços nessas duas frentes de negócio permitirão que a Eneva seja uma empresa com receita cada vez mais diversificada e previsível e menos dependente do despacho termelétrico, que varia conforme as condições hidrológicas e maior ou menor uso da geração hidrelétrica.

A empresa já conquistou importantes marcos no ano passado em termos de diversificação de seu portfólio, com aquisições para entrar em renováveis e instalar um hub de gás em Sergipe, além de iniciar vendas de gás diretamente a clientes como Vale (BVMF:VALE3) e Suzano (BVMF:SUZB3).

"Quando olhamos para frente, com projetos adquiridos e projetos vencidos nos leilões, em 2027 quando tudo estiver de pé, a companhia passa a ter receita fixa de mais de 10 bilhões de reais e um Ebitda fixo de 6 bilhões", afirma Habibe, lembrando que em 2021 os indicadores somaram 2,3 bilhões de reais e 1 bilhão de reais, respectivamente.

A companhia prevê investir 3,6 bilhões de reais em 2023 e cerca de 11 bilhões de reais até 2030, considerando os projetos já contratados e em execução.

Negociação com Petrobras

A Eneva aguarda uma decisão sobre o programa de desinvestimentos da Petrobras, que foi suspenso por 90 dias a pedido do Ministério de Minas e Energia por conta de uma reavaliação da Política Energética Nacional.

"É um período agora de sentar e esperar, se a Petrobras decidir por retomar, em 90 dias a gente volta a conversar sobre o Polo Bahia Terra", disse Habibe.

A empresa negocia a compra de Bahia Terra em consórcio com a PetroRecôncavo (BVMF:RECV3). As empresas ofertaram mais de 1,4 bilhão de dólares pela aquisição de 100% das participações da Petrobras no polo baiano, que compreende um conjunto de concessões de campos terrestres de exploração e produção (E&P) e instalações associadas localizadas nas Bacias do Recôncavo e de Tucano.

O CFO da Eneva afirmou que faz "todo o sentido" a Petrobras desinvestir desse e de outros ativos, uma vez que a estatal deveria concentrar esforços e capital em sua expertise com água profundas e ultraprofundas.

Ele lembrou ainda que o polo Bahia Terra foi recentemente interditado pela agência reguladora ANP por questões de segurança, um indicativo, segundo ele, de falta de investimentos pela Petrobras.

"É um ganha-ganha que faz sentido para todo mundo... Agora, a Petrobras tem que entender dessa forma também."

 

(Por Letícia Fucuchima)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.