RIO DE JANEIRO (Reuters) - A brasileira Eneva (SA:ENEV3) concluiu aumento de capital de 1,16 bilhão de reais, incorporando a Parnaíba Gás Natural (PGN), maior operadora privada de gás natural do Brasil, como sua subsidiária integral, informou a companhia em um comunicado ao mercado, posicionando-se como uma empresa integrada de energia.
"O acordo consistiu na contribuição acionária da participação que Cambuhy e OGX (SA:OGXP3) possuíam na PGN, em favor da Eneva", afirmou a companhia no comunicado, publicado na noite de segunda-feira.
Como contrapartida, tanto a Cambuhy quanto a OGX se tornaram acionistas da Eneva. O acordo havia sido fechado em março.
A Eneva foi pioneira no Brasil com o modelo conhecido como "reservoir-to-wire", com a instalação de usinas térmicas próximas a campos de gás, como forma de monetizar o insumo, que para ser transportado demanda complexas estruturas.
Em nota, o diretor-presidente da Eneva, José Aurélio Drummond, destacou que a empresa quer ser conhecida como uma empresa integrada de energia, atuando em óleo e gás e geração elétrica.
Com a operação, nenhum acionista individual ou grupo de acionistas concentra mais de 50 por cento das ações da Eneva, não havendo acionista controlador definido, segundo a empresa.
O maior acionista da Eneva é o BTG Pactual (SA:BBTG11), com 33,73 por cento de participação, que tem como sócios o fundo de investimentos em participações Cambuhy (25,73 por cento), a gigante elétrica alemã E.ON (8,28 por cento), o Itaú Unibanco (SA:ITUB4) (7,88 por cento), a petroleira OGX (6,22 por cento) e outros (18,16 por cento).
A Eneva tem 2,2 gigawatts de capacidade instalada, ou 11 por cento da capacidade térmica instalada do Brasil e, com a operação, passa a ser a maior operadora privada de gás natural do país, com capacidade de produção de gás de 8,4 milhões de metros cúbicos por dia, na Bacia do Parnaíba, Maranhão.
(Por Marta Nogueira)